A decisão sobre a venda do Novo Banco só ficará concluída em setembro, avança esta quarta-feira o Diário de Notícias que justifica o atraso — face ao que estava previsto pelo Governo — com a complexidade que está a envolver a escolha entre as quatro propostas tão diferentes que estão neste momento a ser analisadas (da Apollo/Centerbridge, da Lone Star, do BPI e do BCP).

A existência destas quatro propostas de aquisição do banco criado em 2015 para salvar os ativos bons do Banco Espírito Santo (entretanto falido) foi conhecida no final do mês de junho e as negociações deveriam ter ficado fechadas até ao início de agosto, mas o processo atrasou. As propostas estão a ser analisadas “à luz dos critérios de admissibilidade e seleção estabelecidos no caderno de encargos, divulgado no passado mês de abril”, definiu então o Banco de Portugal que está a conduzir este processo em coordenação com o Governo e o Fundo de Resolução.

O processo de venda está a ser liderado pelo secretário de Estado dos Transportes do anterior executivo Sérgio Monteiro que, de acordo com o jornal, tem estado a manter contactos semanais desde a entrega das quatro ofertas sobre o novo Banco, na tentativa de conseguir avançar com o processo rapidamente, evitando a perda de capacidade negocial com o aproximar da data-limite (agosto do próximo ano) para a totalidade do capital do Novo Banco estar vendido. Nesta fase será decidido qual das duas vias vai ser seguida na venda da participação que foi adquirida pelo Fundo de Resolução (no valor de 4,9 milhões de euros, 3,9 injetados pelo estado e os outros mil milhões pela participação do restante sistema financeiro): a venda a investidores estratégicos ou a dispersão de capital em mercado.

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