O ministro da Economia de Espanha, Luis de Guindos, defende que teria sido um erro aplicar sanções financeiras ao país e considera que os novos objetivos orçamentais são adequados. O jornal alemão Handelsblatt, que noticiou que o ministro alemão Wolfgang Schäuble terá intercedido a favor de Portugal e Espanha, especula que essa intervenção poderá ter sido uma forma de solidificar o apoio em torno do executivo de Mariano Rajoy, que tenta formar governo após as eleições de junho.

Teria sido um erro castigar” Espanha, afirmou Luis de Guindos esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas em Madrid. Horas antes, o Colégio de Comissários tinha decidido não aplicar quaisquer multas aos dois países por incumprimento das metas do défice. Ambos os países reiteraram o compromisso com a consolidação orçamental daqui para a frente.

No caso espanhol, a multa máxima (0,2% do PIB) corresponderia a algo como 2.200 milhões de euros. A multa acabou por não ser aplicada, mas irá haver uma vigilância trimestral nas contas públicas. Espanha tem de cumprir uma meta de défice de 4,6% do PIB este ano, 3,1% em 2017 e 2,2% em 2018, pelo que o resultado prático foi dar mais dois anos a Espanha para reduzir o défice para menos de 3%.

“A decisão de castigar não teria sido a melhor decisão numa altura em que muita gente tem dúvidas sobre a Europa”, afirmou o Comissário Europeu Pierre Moscovici.

A prioridade no país vizinho, agora, é manter as taxas de crescimento económico, afirmou De Guindos, assegurando que a banca espanhola está em boas condições para ter um bom desempenho nos testes de stress que serão conhecidos na sexta-feira.

Espanha garantiu que irá reforçar o controlo da despesa regional e angariar mais seis mil milhões de euros em impostos cobrados às empresas.

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