Luís Filipe Vieira, atual presidente do Benfica, apresentou esta quarta-feira a sua recandidatura à liderança dos encarnados, apontando a conquista do tetracampeonato pela equipa de futebol como uma das ambições para o novo mandato.

“Ficaríamos muito satisfeitos se conseguíssemos conquistar pela primeira vez o tetracampeonato. Aqui ninguém garante vitórias, apenas tudo faremos para lutar por elas, mas houve uma lição, demonstrar ser possível conciliar o rigor com a ambição de ter os olhos no futuro”, afirmou no seu discurso.

Num jantar que decorreu na Catedral da Cerveja, no Estádio da Luz, sob o mote “Benfica para frente, Vieira a presidente”, o dirigente mostrou total “empenho” para continuar na liderança dos encarnados.

“Sabemos que só com profissionalismo e humildade nós conseguimos atingir os objetivos e temos a consciência do difícil trabalho para diminuir o nosso passivo, não descurando a ambição e lutando sempre pela vitória, honrando a nossa história, mas hoje quero deixar muito claro o meu total empenho e disponibilidade em querer continuar a contribuir para este projeto comum assim os sócios o queiram”, vincou.

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Sobre o mandato que agora termina, Vieira considerou a união, solidariedade e estabilidade como um das chaves para o sucesso.

“Tem sido para mim uma honra servir o Benfica nestes anos de trabalho conjunto que têm permitido um forte crescimento e uma permanente revolução no clube, honrando a história e sendo fiel às suas origens e fundadores. Estivemos sempre unidos, com solidariedade, estabilidade e respeito pela diversidade onde todos deram contributos para o crescimento e valorização do Benfica”, enalteceu.

O líder dos ‘encarnados’ disse também que a ambição no futuro está ligada com a aposta na formação.

“Soubemos construir os alicerces para que o Benfica seja admirado, competitivo e global, pelo modelo que o sustenta . Este foi um trabalho incansável, que passou pela modernização das infraestruturas, bons resultados desportivos. Temos ambição no futuro, por isso assumimos a aposta na formação e a aposta nos novos jogadores e temos presente que isso sucedeu”, reconheceu.

Como promessas eleitorais que ficaram por cumprir, Luís Filipe Vieira destacou que falta criar a Rádio Benfica, mostrando-se focado nas “promessas que faltam cumprir”.

“Temos de concretizar a criação da rádio Benfica e clarificar os termos do contrato coma NOS, duas promessas que nos faltam cumprir. A principal prioridade será manter o estádio do Benfica como o maior clube português e uma referência mundial. Aqui está o Benfica no seu melhor, pronto para consolidar e conquistar e reforçar a grandiosa história”, concluiu, recordando também Eusébio.

O dirigente, de 67 anos, entrou no clube ‘encarnado’ em 2001, mas foi apenas em 2003 que chegou à liderança, na qual permanece há 13 anos, o que faz dele o presidente em funções durante mais tempo.

Vieira, que sucedeu no cargo a Manuel Vilarinho, está ligado a sucessos, mas sobretudo à ideia de ter reanimado o clube, devolvendo-lhe credibilidade, após um período muito difícil, não só no plano desportivo, mas também financeiro.

Durante este período, o empresário levou a equipa de futebol à conquista de cinco títulos nacionais (2004/05, 2009/10, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), conseguindo no último ano um ‘tri’ que lhe escapava há 39 anos, desde 1977.

Criado por Rui Pereira, antigo ministro da Administração Interna, pelo ex-futebolista António Simões e pelo professor universitário André Ventura, o movimento de apoio a um quinto mandato de Luís Filipe Vieira conta com nomes como Agostinho Homem, Maria Susete Abreu, João Paulo Guerra, Júlio Machado Vaz, Telmo Correia ou Pedro Mota Soares.

O empresário Bruno Costa Carvalho, derrotado nas eleições de 2009 pelo atual presidente, chegou a anunciar a intenção de voltar a ser candidato nas eleições de outubro, mas, em abril último, voltou atrás, afirmando que Luís Filipe Vieira merecia continuar.