Mariano Rajoy, líder do PP, aceitou a proposta do rei para tentar formar governo. O anúncio foi feito numa conferência de imprensa que se seguiu ao encontro com Filipe VI no Palácio da Zarzuela, noticia o El Mundo. Contudo, Rajoy não se comprometeu a submeter-se à investidura. Perante perguntas dos jornalistas, disse apenas que não valia a pena antecipar acontecimentos.

Não convém antecipar acontecimentos, e muito menos em circunstâncias como esta que estamos a viver”, disse, citado pelo El Mundo.

O único compromisso que assumiu, perante o rei, foi o de fazer “todos os esforços possíveis para firmar os acordos que Espanha necessita.”

O primeiro-ministro em funções vai agora abrir um novo período indeterminado de consulta aos restantes partidos, “durante um prazo razoável”, garantiu, para tentar obter o apoio necessário à formação de um novo governo.

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Rajoy explicou que vai dar prioridade às negociações com as forças “constitucionalistas” com as quais admite uma maior razoabilidade de “encontrar acordos”. Se esta opção não for possível, estará disponível para explorar a possibilidade de formar um Governo de minoria, apenas com o apoio do PP. Contudo, colocou condições:

Isto só é possível se o resto dos grupos [parlamentares] garantirem uma lealdade mínima para com os objetivos de estabilidade orçamental, a elaboração do Orçamento do Estado ou as linhas fundamentais da nossa política externa.”

O líder popular já descartou a alternativa proposta por Albert Rivera do Ciudadanos a Filipe VI, de formar um governo de coligação com PSOE e PP, mas sem Rajoy como chefe do Executivo.

O anúncio de que está disposto a assumir a “sua responsabilidade de ser primeiro-ministro” foi feito através da conta oficial do PP no Twitter.

A forma como foi dada a notícia está a causar alguma celeuma no seio dos populares, que criticam a postura assumida por Rajoy face ao rei.