De acordo com o Observatório Europeu da Segurança Rodoviária, embora corresponda a 8% do total da população europeia, o grupo etário entre os 18 e os 24 anos representa 15% das vítimas mortais em acidentes de viação. No Verão, a percentagem agrava-se: 21% das mortes da estrada são de jovens, com um estudo encomendado pela Ford à Lightspeed GMI a concluir que as mortes atingem o pico precisamente numa altura em que 68% dos jovens condutores admitem assumir uma postura mais relaxada ao volante.

As viagens mais longas, as idas à praia e aos festivais estão associados a momentos de maior descontracção, descontracção essa que passa também para a forma como os mais novos abordam a estrada.

Segundo a pesquisa, que envolveu mais de 6500 jovens europeus, 57% dos inquiridos reconhecem que conduzem com mais segurança quando a bordo seguem também os pais ou os avós. E 41% admitem correr mais riscos quando levam amigos no carro.

Mais, em matéria de tentações, 45% confessam que se sentiriam tentados a conduzir um veículo sobrelotado; 25% admitiriam a hipótese de aceitar boleia de alguém que sabiam que tinha bebido; e 24% equacionaria a ideia de conduzir depois de consumir drogas.

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A maioria do universo de inquiridos (93%) considera que conduz bem, apesar de 54% admitir que nem sempre pratica uma condução tão segura quanto deveria. Resultado: 26% já tiveram um acidente e 20% já tiveram a experiência de estar num carro que foi mandado parar pela polícia.

Só no período de 2004 a 2013, perderam a vida 62 mil jovens em acidentes rodoviários na União Europeia. De acordo com o Observatório Europeu da Segurança Rodoviária, entre os factores mais comuns por detrás dos acidentes que envolvem jovens condutores encontram-se uma má leitura da estrada e uma deficiente capacidade de reacção, motivada pelo consumo de substâncias, stress ou distracções.

A pesquisa encomendada pela Ford permitiu determinar que comportamentos de risco estão por detrás das estatísticas. Os resultados são estes: 57% dos jovens condutores já excederam os limites de velocidade; 43% admitem escrever e enviar mensagens de texto enquanto guiam; 38% atendem chamadas e enviam mensagens instantâneas; 16% já conduziram sem colocar o cinto de segurança; 13% dirigem depois de beber e 11% até já o fez a ver, em simultâneo, vídeos ou programas de televisão nos seus aparelhos electrónicos.

As conclusões agora divulgadas tiveram como base inquéritos levados a cabo pela Lightspeed GMI em Junho, em cinco países europeus – Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha.