Finalmente distinguido com um Óscar, Leonardo DiCaprio continua a sua batalha contra os atentados ambientais, quando não se está a dedicar à sua carreira como actor ou produtor. Entre duas sessões de filmagens, o filantropo americano nascido em Hollywood reserva tempo para as iniciativas da sua própria fundação, a Leonardo DiCaprio Foundation (LDF), cuja finalidade é proteger o planeta das variações climáticas.

Pelo terceiro ano consecutivo, DiCaprio, no papel de fundador e chairman da LDF, organizou uma gala de beneficência em St. Tropez, como sempre no Domaine Bertaud Belieu, um local tão elegante quanto discreto, pertença de um reputado produtor de vinhos, a curta distância do centro da luxuosa vila francesa e da sua apaixonante baía. Para o exclusivo evento foram convidadas celebridades – actores, manequins e músicos – para atrair as atenções, e a realeza e os poderosos, para contribuir “activamente” para a fundação.

A audiência deste ano não poderia ser mais selecta, uma vez que estiveram presentes na gala de Robert DeNiro a Charlize Theron, passando por Scarlett Johansson, Penelope Cruz, Kate Hudson, Cate Blanchett, Marion Cotillard e Caroline Scheufele. Jonah Hill, Tobey Maguire, Edward Norton e Arnold Schwarzenegger foram outras das personalidades que acederam ao convite de DiCaprio, mas foram menos requisitados pelas objectivas dos fotógrafos, um pouco à semelhança de individualidades como Boris Collardi, CEO do banco suíço Julius Baer, patrocinador do evento, ou Philippe Cousteau, filho do conhecido explorador, já desaparecido.

Findo o jantar, chegou o leilão à laia de sobremesa. Ou, melhor, como prato principal, pois o objectivo da gala foi exactamente angariar fundos para a LDF.

Entre os muitos itens que foram a leilão, conduzido por Simon de Pury, não faltaram objectos pessoais e obras de arte do próprio DiCaprio, bem como dois Fiat 500e, a versão eléctrica do popular citadino italiano.

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As duas unidades foram oferecidas pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e têm a particularidade de estarem associadas a um modelo que motivou a seguinte declaração do CEO da companhia, Sergio Marchionne: “ Espero que não compre o Fiat 500e, porque de cada vez que vendo um, perco 14 mil dólares.”

Para além dos dois Fiat 500e oferecidos a Leonardo DiCaprio, a FCA custeou ainda uma visita dos mesmos à Garage Italia Customs, que os decorou de acordo com os valores da LDF.

Um dos modelos foi baptizado Sea Ice e pintado com um cenário característico das condições de vida nos pólos do planeta, bem como com os animais que aí habitam. Contudo, estes começam a desaparecer quando a carroçaria do veículo atinge uma temperatura de 27ºC, o que permite, a quem observa o automóvel, consciencializar-se do que vai acontecer em breve aos animais que vivem no Árctico e Antárctico, cujo habitat está a desaparecer por causa do incremento da temperatura média.

O segundo Fiat 500e, o Wild, foi decorado ao estilo de uma selva, com rinocerontes, tigres e búfalos, mais uma vez para chamar a atenção para a necessidade de se proceder a uma alteração cultural que respeite o planeta e todos os animais que nele habitam.

Ainda que o modelo original seja comercializado por cerca de 30 mil euros, consonante os mercados, neste evento os pequenos eléctricos da Fiat renderam 300 mil euros e 250 mil euros, respectivamente, com o Sea Ice a bater o Wild aos pontos.

No final da gala de beneficência, a LDF reuniu uma verba superior a 40 milhões de euros – ela que, uma semana antes, tinha doado 14 milhões a uma série de organizações que protegem a vida animal.