O selecionador da equipa de futebol olímpica da Argentina, Julio Olarticoechea, sonha com defrontar o Brasil na final do Rio 2016, mas não espera facilidades na primeira fase, nomeadamente frente a Portugal, quarta-feira, na estreia.

“Seria bom defrontar o Brasil na final, mas primeiro tenho de pensar em Portugal, na Argélia e nas Honduras”, reconheceu, entre sorrisos, Olarticoechea, técnico que chegou mais ou menos por acaso ao comando da formação olímpica, na sequência do vazio criado pela saída de Gerardo Martino.

O treinador que como jogador foi campeão do Mundo em 1986 e ‘vice’ em 1990, ao lado de ‘sua alteza’ Diego Armando Maradona, encara o confronto de Portugal como uma final, a primeira de seis que precisa de ultrapassar para chegar ao título, três delas na fase de grupos.

“Se queremos conseguir algo temos de pensar que vamos ter pela frente seis finais, três das quais na primeira fase, frente a rivais muito difíceis. Não há adversários fáceis e tenho de mentalizar o grupo de que vai ser assim”, frisou, em conferência de imprensa, no Estádio Olímpico.

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Em relação especificamente ao confronto com Portugal, marcado para as 18:00 locais (22:00 em Lisboa) de quinta-feira, no Engenhão, Olarticoechea sabe que, como a Argentina, a formação lusa está longe do que poderia ser.

“Sei que muitos não podem estar, mas os que vieram são bons jogadores”, disse o técnico argentino, deixando claro que não espera facilidades, mas também que a sua equipa está preparada para a estreia nos Jogos Olímpicos.

O antigo defesa da seleção argentina, que passou por clubes como o River Plate, o Boca Juniors e o Nantes, garantia que, depois dos três particulares realizados antes da prova, a sua equipa já tem “uma ideia de jogo”.

“As adversidades fazem fortalecer os grupos. Temos um grupo muito forte, muito unido”, garantiu Olarticoechea, adiantando também estar “mais tranquilo” com a nomeação de um novo selecionador (Edgardo Bauza) para a equipa principal.

De acordo com o selecionador olímpico, Bauza “chega no momento certo da carreira e tem tudo para fazer um bom trabalho”, pois tem “capacidade, honestidade e personalidade”.