Um tribunal de Tianjin, no norte da China, começou esta quarta-feira a julgar o ativista Hu Shigen, no segundo de quatro julgamentos marcados para esta semana dentro de uma campanha de Pequim contra advogados dos Direitos Humanos.

Segundo informou a agência oficial Xinhua, Hu é acusado de “subversão”, uma acusação muito grave na China e cuja pena máxima é prisão perpétua.

Na terça-feira, o também ativista Zhai Yanmin foi punido com três anos de prisão com pena suspensa por quatro anos devido ao mesmo crime.

Hu e Zhai fazem parte do grupo de quatro ativistas que serão julgados esta semana, em Tianjin, entre os quais está Zhou Shifeng, diretor do prestigiado escritório Shengrui.

O tribunal detalhou na terça-feira, durante o julgamento de Zhai, que este e três outras pessoas, que incluem ainda Li Heping, “conspiraram e fabricaram uma subversão contra o poder do Estado” e “estabeleceram um sistema ideológico, um método e os passos necessários para o fazer”.

A vaga de detenções de advogados começou no ano passado, como parte de uma campanha repressiva lançada por Pequim contra ativistas dos Direitos Humanos.

Das centenas de detidos, mais de cem continuam sob custódia da polícia e não tiveram acesso a um advogado da sua escolha ou autorização para contactarem familiares.

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