Miami, a cidade atlântica no sul da Florida, corre um sério risco de ver o número de casos de pessoas infetadas com o vírus zika aumentar, alertam os Centros para o Controlo e Prevenção da Doença (CDC) norte-americano. Como o mosquito Aedes aegypti, o principal responsável pela transmissão do vírus, tem populações ativas nesta região, os CDC e as autoridades da Florida estabeleceram, esta segunda-feira, novas normas para grávidas e viajantes.

São já 15 as pessoas infetadas com vírus zika em Miami, cuja infeção terá resultado de uma transmissão pela picada de mosquitos, visto que as pessoas não viajaram para outras áreas afetadas, como a América do Sul. Estas pessoas foram identificadas numa busca porta a porta depois de conhecidos quatro casos de infeção, numa área de 150 metros quadrados, na semana passada, noticia a CNN.

As recomendações não diferem muito daquelas propostas noutras áreas. As grávidas estão desaconselhadas a viajar para a zona afetada e as que o fizeram depois de dia 15 de junho devem procurar o médico assistente para garantir que não foram infetadas, uma vez que o zika foi identificado com uma causa possível da microcefalia nos embriões. Adicionalmente, todas as mulheres que apresentem sintomas relacionados com a infeção com zika – febre, vermelhidão, dores nas articulações – devem procurar um médico.

Os homens e mulheres que vivam na área afetada, ou que viajem para essa região, devem prevenir-se contra a infeção. Por um lado, devem evitar as picadas dos mosquitos – a principal forma de transmissão da doença -, usando repelentes, mangas compridas e calças, colocando redes nas janelas e eliminando os recipientes com água parada. Por outro lado, devem usar preservativos quando tem relações sexuais para evitar que o vírus se transmita por via sexual, outra das formas possíveis de contágio.

Todas as pessoas que possam ter estado expostas ao vírus devem procurar o médico assistente para garantir que não ficaram infetadas, para evitar transmitir a doença ou para procurar mais informação. As grávidas devem ter cuidados redobrados pelo risco que a infeção com zika pode constituir para o bebé.

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