O ministro dos Negócios Estrangeiros desvalorizou esta quinta-feira as previsões da agência de notação financeira Fitch, que prevê um défice 3,4% para este ano, considerando que “não têm fundamento”, nem nenhum “efeito útil”.

“Já estamos infelizmente habituados a essas previsões que não têm nenhum fundamento e que não têm nenhum efeito útil senão trazer intranquilidade a mercados que estão tranquilos”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas no Palácio das Necessidades, quando questionado sobre as previsões da Fitch.

A agência de ‘rating’ Fitch estima que o défice português atinja 3,4% do PIB este ano e os 3,3% em 2017, alertando que será difícil cumprir as metas europeias e, ao mesmo tempo, evitar uma crise política.

Num relatório de análise a Portugal divulgado esta quinta-feira, cerca de duas semanas antes da atualização do ‘rating’ da República, prevista para 19 de agosto, a Fitch estima que o défice orçamental português represente 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, acima dos 2,2% reiterados pelo Governo liderado por António Costa e dos 2,5% exigidos por Bruxelas para 2016.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR