Em 2000, a Benetton atirou a pedra para o charco. A marca era responsável pelo uniforme da seleção italiana nos Jogos Olímpicos de Sidney e resolveu vestir cada atleta de sua cor. No meio do cinzentismo habitual, foi como se os cinco anéis que compõem o símbolo da competição tivessem ganho vida. E a moda olímpica nunca mais foi a mesma.

Dezasseis anos depois, há marcas e designers sonantes a assinar os uniformes que vão competir por medalhas no Rio de Janeiro — Christian Louboutin, Giorgio Armani, DSquared2, Ralph Lauren, Lacoste, Stella McCartney para a Adidas ou H&M — e há cor. A seleção portuguesa é vestida por uma marca nacional, a Salsa, e usa calças de ganga e blazers azuis, ou não tivesse o mar, e as conquistas portuguesas, como inspiração. Mas as cores da bandeira também entram e usam-se ao peito, em gravatas e lenços verdes e vermelhos.

Há uniformes discretos, há outros garridos, mais formais ou mais descontraídos. O vermelho que Louboutin costuma aplicar nas solas dos seus sapatos condiz com a seleção cubana e, com os mesmos tons predominantes, o Canadá (vestido pela DSquared2 & Hudson Bay) tem sido considerado pela imprensa estrangeira como vencedor da medalha de ouro no que ao estilo diz respeito. O Reino Unido também soma pontos com o uniforme criado por Stella McCartney para a Adidas.

Há depois seleções low profile que optam por manter o estilo desportivo em fato de treino, ou as que arriscam com chapéus de palha na cabeça, como a seleção anfitriã — os uniformes do Brasil foram desenhados por Lenny Niemeyer e destacam-se pelo padrão tropical.

Alguns uniformes merecem a medalha de ouro, outros ficam-se pela de bronze. Competições à parte, o melhor mesmo é ver a galeria de imagens inicial.

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