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  • Está tudo contado da Supertaça Cândido de Oliveira: o Braga suou as estopinhas, foi perdulário e o Benfica não, tendo vendido os encarnados por 3-0 no final. Até mais!

    P.S. – Acabou a Supertaça, mas está longe de acabar o desporto no Observador. Até dia 21 de agostos há Jogos Olímpicos para acompanhar, ao minuto e detalhadamente, no nosso liveblog diário.

  • A crónica da Supertaça: "Cozer bem o Pizzi no forno e continuar a servir o mesmo"

    O Diogo Pombo viu o jogo e conta-nos, em crónica, o que se passou em Aveiro.

    A propósito do golo de Pizzi — e que golo foi! –, conta ele: “Rui Vitória continuava a ver a equipa algo cansada. Tirou Jonas, Mitroglou e Cervi, manteve Pizzi, que foi da direita para a esquerda para estar no fim de uma jogada que Salvio montou para dar um golo a Jiménez. O mexicano não vestiu um chapéu em Marafona, rápido a sair-lhe aos pés, mas o português colocou um chapéu sobre as cabeças de vários bracarenses, no ressalto. De fora da área, Pizzi picou a bola que entrou na baliza sem que Goiano, o último resistente na linha, lhe tocasse. O golaço matou de vez a final e vaticinou que esta época começa como a anterior terminou — com o Benfica a ganhar e a conquistar e com Pizzi a peça que, muitas vezes, liga tudo.”

  • O jogo, em estatísitcas:

  • Por fim, fala Rui Vitória, treinador que perdeu a Supertaça na época anterior para o Sporting, mas não a deixou escapar frente ao Braga. “É importante começar bem, porque queríamos homenagear os jogadores que nos deixaram. Foi um jogo difícil, bem disputado, um belíssimo jogo de futebol. Sabíamos que podíamos matar o jogo na segunda parte e foi o que aconteceu. Cada jogo é uma final para nós. Ganhámos esta e agora vamos tentar ganhar a próxima, que é o primeiro jogo do campeonato. Estamos sempre preparados para ganhar”, disse na flash interview.

  • É tempo de ouvir o capitão do Benfica, Luisão: “O mérito é todo do Benfica. Soubemos controlar o jogo, com todos os jogadores focados, com ‘chama’ para conquistar títulos. Perdemos jogadores, mas a estrutura é muito forma, fazemos parte de um todo, e a equipa consegue manter-se igual e coesa.”

  • Agora, José Peseiro, o treinador derrotado esta noite: “O que é que se pode dizer quando, no final de um jogo destes, perdemos 3-0? Tivemos mais remates, mais oportunidades de golo, o Júlio César defendeu mais do que o Marafona, mas o futebol é isto: vence quem marca. Infelizmente, ninguém se vai recordar do que fizemos aqui hoje. Vão recordar-se do vencedor. Mas criámos muitas oportunidades de golo. O Benfica foi mais feliz. Há injustiça, uma tremenda injustiça neste resultado. Estamos frustrados, destroçados, não merecíamos.”

  • Vamos à flash interview. Fala André Pinto, central do Braga, um dos melhores da noite — apesar do 3-0 final. “Infelizmente não conseguimos o nosso objetivo. Mas a equipa teve uma boa atitude, foi um resultado exagerado num jogo aberto, um bom espetáculo das duas equipas. O Benfica ganhou e teve mérito, mas quem viu o jogo sabe que foi repartido, com mais ocasiões de golo nossas.”

  • Fim de jogo: Benfica derrota (3-0) Braga e vence Supertaça

    E acabou!

  • Parte do mérito do golo é de Salvio, que arrancou pela direita, fez-se ao meio, desviou-se dos adversário um por um, e desmarcou Jiménez na área. E aí, o mexicano teve demérito: acertou em Marafona. Tentou fazer um “chapeu”, falhando. Quem não falhou uma “chapelada” foi Pizzi, que de fora da área e com Marafona ainda por terra, colocou a bola por cima de todos — o último da defesa do Braga era Boly, em cima da linha de golo –, arrumando de vez com a história da Supertaça: é do Benfica.

  • GOLO! 3-0 para o Benfica

    O que Pizzi fez não foi um golo; foi uma obra de arte. “Emoldurem” este golo ao lado dos Mirós…

  • Brincadeiras à parte, é isto:

  • Mais uma ocasião para o Braga. Resultado? O mesmo; falhou o golo. Lindelof deu espaço a Hassan, o egípcio ganhou-lhe a frente e, vendo Júlio César fora da baliza, rematou logo dali, a trinta metros da baliza, não tendo a “chapelada” de Hassan resultado em golo por um palmo. Saiu por cima da barra.

  • Se o espectador só seguir a bola, não vai notá-lo muito. Agora, se olhar para o relvado todo e não só para o lado de quem ataca, vai notar que Vukcevic está em toda a parte, que tem uma canhota precisa na hora de passar, que usa do “cadebal” na hora de fender. Rafa — claro! — correu para o ataque, pelo centro, e levou tudo à frente. Luisão, o último defesa do Benfica, conseguiu tocar a bola e tirá-la do dezoito, mas acabou por colocá-la em Vukcevic. Aqueles não são os terrenos do médio, mas ele lá puxou a bola para a canhota, desviou-se de Lindelof e chutou cruzado. Errou por pouco a baliza de Júlio César.

  • Foi marcar e sair: entrou Samaris para o lugar de Jonas.

  • Até se poderá dizer que o Braga não merecia estar a perder por 2-0. É verdade. Até se poderá dizer que o Braga merecia mais o empate (Rafa fartou-se de desperdiçar ocasiões cantadas) do que o Benfica uma vantagem tão dilatada. Também é verdade. Mas quem tem Jonas “arrisca-se” a marcar a qualquer altura. Então quando há um tal de Pizzi a assisti-lo à entrada da área, a deixar Jonas nas costas da defesa do Braga e só com Marafona pela frente, arrisca-se mais ainda. Jonas foi o que é sempre: um monge budista, sereno, sereníssimo na hora de chutar.

  • GOLO! 2-0 para o Benfica

    Adivinhe lá quem molhou a sopa? O Jonas “Pistolas”, pois claro.

  • Assim não, Rafa! Não te volto a elogiar… Chutão para a frente do Braga — um chutão que saiu dos pés do guarda-redes Marafona –, a defesa do Benfica subiu demais, deu espaço nas costas, e os dois do costume, Rafa e Pedro Santos, desmarcaram-se em contra-ataque. Santos deixou que Rafa seguisse com a bola, e este seguiu, driblou Júlio César e chutou para a baliza vazia. Acertou nas redes… pelo lado de fora.

  • Aquele pé direito tem cola, só pode. Bola colocada na frente, longuíssima, a cair na área, a cair no pé direito de Rafa. A receção é orientada, o que desorientou Luisão. Faltou o remate a Rafa, é verdade, mas aí o mérito é de Júlio César, que saiu rápido da baliza, fez-se à relva e segurou a bola.

  • Vêm aí mexidas. E dos dois lados da barricada: Peseiro tira Tiba (um médio centro, um oito) e coloca Wilson Eduardo no ataque; Vitória faz entrar Jiménez, saindo Mitroglou.

  • Nélson Semedo até começou bem a última época, foi o escolhido de Rui Vitória para fazer as vezes de Maxi, mas lesionou-se cedo e passou um ano no estaleiro. E foi no “estaleiro”, a ver os outros jogar e ser campeões, que ganhou fome de bola. Está com uma condição física impressionante neste começo de época: corre para o ataque, corre a defender, dribla, cruza, remata, decide quase sempre bem, está confiante. A seleção (Fernando Santos está nas bancadas) agradece. André Almeida nem tanto; é que assim dificilmente recupera o lugar.

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