Pelo menos quatro pessoas morreram em várias explosões de bombas nas últimas 24 horas na Tailândia, na estância turística de Hua Hin e províncias do sul, disseram hoje as autoridades do país que garantem que não se trata de um ataque terrorista.

“Isto não é um ataque terrorista. É só uma sabotagem local”, disse um porta-voz da polícia numa conferência de imprensa em Banguecoque.

Em Hua Hin houve duas explosões na quinta-feira à noite e outras duas esta manhã, matando duas pessoas e ferindo mais de vinte, segundo um responsável pela administração local citado pela agência de notícias AFP.

Ainda segundo a AFP, houve mais duas explosões hoje em Phuket, também um destino turístico balnear, e, ainda na quinta-feira, outras duas em Surat Thani e Trang.

Pelo menos 11 bombas explodiram em cinco locais de províncias do sul da Tailândia desde quinta-feira, incluindo em estâncias turísticas, segundo a polícia. Quatro pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas.

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Entre os feridos há pessoas de diversas nacionalidades e diversos países, como a Austrália e o Reino Unido, já pediram aos seus cidadãos para evitarem frequentar locais públicos na Tailândia.

Os atentados e ataques na Tailândia são habituais no sul do país, devido a um conflito separatista que já matou mais de 6.500 pessoas desde 2004.

A Tailândia é neste momento governada por uma junta militar que tomou o poder em 2014, num golpe de Estado.

No fim de semana, foi aprovada em referendo a proposta de Constituição da junta militar. O chefe da junta militar disse hoje que “as bombas querem semear o caos”. Prayut Chan-O-Cha apelou à calma e disse não saber quem está por trás destes ataques.

Artigo atualizado as 8h30 com as declarações do porta-voz da polícia.