Ataques aéreos da coligação árabe aliada do poder atingiram hoje um hospital onde estão presentes os Médicos Sem Fronteiras (MSF), no Iémen, provocando seis mortos, 48 horas após outros ataques que deixaram 10 crianças mortas.

Os ataques de sábado e de hoje ocorreram no norte do país e tiveram como alvo zonas controladas pelos rebeldes ‘huthis’, que tentam afastar do poder o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi desde 2014.

A organização humanitária MSF, que tem uma equipa a trabalhar desde 2015 num hospital público da cidade de Abs, no norte do país, anunciou na rede social Twitter que “o hospital foi alvo de ataques” ao início da tarde.

“O número de mortos e feridos ainda não é conhecido”, acrescentou a organização.

Mas, Ayman Mazkour, responsável do departamento de saúde da província de Hajja, afirmou que seis pessoas morreram e 20 ficaram feridas.

Habitantes de Abs também confirmaram o ataque ao hospital, precisando que a coligação tem atacado nos últimos dias posições rebeldes na região.

A Amnistia Internacional já condenou o ocorrido. “Atacar intencionalmente instalações médicas é uma violação grave do direito humanitário que pode constituir um crime de guerra”, avisou, pedindo um inquérito.

A guerra no Iémen já fez desde 2015 mais de 6.400 mortos e 30 mil feridos, incluindo muito civis.