Histórico de atualizações
  • Fechamos o dia e a cobertura desta edição do Vodafone Paredes de Coura. Para o ano há mais, nos dias 16, 17, 18 e 19 de agosto.

    Encontra neste link todos os conteúdos que produzimos sobre o festival – liveblogs, artigos detalhados e entrevistas.

    Obrigado por ter estado connosco. Até breve.

  • CHVRCHES, uma celebração electro-pop

    Lauren Mayberry correu e cantou e correu e cantou, nesta festa eletro-pop que foi o espetáculo que encerrou a 24ª edição do Vodafone Paredes de Coura.

    Os CHVRCHES são um trio escocês que resulta da “combinação certa do estilo de música com a energia” que existe entre os membros da banda, como nos disse esta noite, em entrevista, Martin Doherty, um dos homens por detrás das máquinas.

    E foi isso mesmo que se viu e sentiu esta noite: proximidade e, sobretudo, o resultado de muito trabalho. Isto de fazer música eletrónica é muito mais que carregar em botões.

    Apesar de não ser bombástico (longe disso), foram energéticos e competentes. Mas o que mais sobressaiu, pelo meio das canções orelhudas, foi a firmeza da voz de Lauren Mayberry. Fere os ouvidos de uns, encanta o de outros, mas tem uma força inegável.

  • Aí vêm os CHVRCHES!

  • Portugal. The Man trouxeram o crowdsurfing de volta

    Não foi um concerto de rock puro e duro (e até houve alturas em que soou a progressivo), mas os Portugal. The Man conseguiram trazer o crowdsurfing de volta a Paredes de Coura no final de um dia calmo. Sem direito a pausas, tocaram durante mais de uma hora, atirando temas um atrás dos outros sem dó nem piedade.

    Com uma setlist diversa (e extensa), houve até direito a um cheirinho de Oasis com uma cover de “Don’t Look Back In Anger”. Em “Holy Roler” viu-se mosh.

    A seguir seguem-se os grandes cabeças de cartaz, os escoceses CHVRCHES.

  • E agora um bocadinho de Oasis: os Portugal. The Man fizeram uma cover de “Don’t Look Back In Anger”.

    Sooooo Sally can waiiittttttttt

  • O que esperar de 2017? Queens of the Stone Age e Nick Cave estão na lista de desejos

    Faltaram só umas centenas de pessoas para chegar à afluência do ano passado, que foi o que mais vendeu em toda a história do festival, diz ao Observador João Carvalho, o homem forte do Vodafone Paredes de Coura. A lotação máxima diária é de 25 mil pessoas.

    Se quem andou pelo recinto se sentiu mais à larga, isso tem uma explicação. “Aumentamos ligeiramente o anfiteatro para dar mais conforto às pessoas. Puxámos o palco para trás”, o que implicou encher o solo com “centenas de camiões de terra” para criar terreno estável onde antes havia um buraco. Garante que não o fez para “vender nem mais um bilhete” — o número disponível não aumentou — mas sim para melhorar a visibilidade e as condições em que o público recebia o som vindo do palco.

    Para o ano, o Vodafone Paredes de Coura terá a sua 25.ª edição, nos dias 16, 17, 18 e 19 de agosto. Vale a pena esperar surpresas? João Carvalho ri-se. “Nós fazemos sempre o festival com o mesmo carinho, independentemente da edição.” Mas depois lá deixa antever mais qualquer coisa. “Obviamente que sendo o número 25 queremos fazer ainda melhor. O que te posso dizer é que há já dois meses que começámos a falar com determinados agentes para a contratação começar ainda mais cedo.”

    Face ao olhar arregalado da jornalista, o responsável da Ritmos apressa-se logo a calcar esperanças. “Não te vou dizer quem”. Se pudesse, gostava de ter no cartaz os Lambchop, mesmo que isso “não venda bilhetes”, diz a rir-se. “Há muitas bandas que passaram por Paredes de Coura que fariam todo o sentido vir quando se comemoram 25 edições. Queens of the Stone Age, por exemplo, Nick Cave também fazia sentido.”

    Em 2016, o Vodafone Paredes de Coura teve o seu maior orçamento de sempre: 3,3 milhões de euros. Os LCD Soundsystem levaram uma boa fatia — João Carvalho não especifica qual, porque “seria deselegante”. Para o ano, talvez a organização tenha “mais um bocadinho”. Mas ainda nada está confirmado.

    Nesta 24.ª edição, João Carvalho só conseguiu ver o concerto dos LCD Soundsystem, três músicas dos Bed Legs e uma música de King Gizzard & The Lizard Wizard. Quem disse que vida de organizador era uma maravilha?

  • Portugal. The Man em palco. E saltam que se fartam!

  • Acabei de entrevistar os CHVRCHES. São simpáticos e estão muito bem dispostos! Aguardemos pelo espetáculo.

  • Uma viagem chamada Cigarettes After Sex

    Os Cigarettes After Sex têm algo de especial. O seu som minimalista, que descrevem como ambiente pop, tem qualquer coisa de único, diferente. O ambiente nebuloso, associado à voz profunda do vocalista e principal compositor Grieg Gonzalez, torna-os misteriosos o que, associado ao facto de pouco ou nada terem lançado desde 2012, faz-nos querer conhecê-los melhor.

    O novo disco está agendado para breve, e os festivaleiros de Paredes de Coura tiveram direito a uma pequena antevisão — músicas como “Flash” e “Sunsets”. Ao fim, ainda tiveram de voltar para mais um tema, tal era o entusiasmo do público.

    A enchente junto ao palco Vodafone FM justificou-se. Os temas de Gonzalez e dos Cigarettes After Sex são música que embala, mas sem adormecer. Fazem-nos olhar para dentro e tentar compreender.

  • Ainda bem que continuamos a ser amigos, The Tallest Man on Earth

    O sueco Kristian Matsson não é o homem mais alto à face da terra, mas é capaz de ter sido o mais lamechas do festival. Acompanhado por quatro músicos, The Tallest Man on Earth reuniu bastante público em frente ao palco principal durante os cerca de 50 minutos que tocou.

    Será que havia repetentes na multidão? O músico atuou em Lisboa no início do ano, e a procura de bilhetes até obrigou a promotora a mudar o concerto do Armazém f para a Aula Magna. Esta noite, não faltou espaço para deixar mais fãs satisfeitos. E ainda brindou Portugal com rasgados elogios. É bom saber que não ficou com más memórias do país onde ele e a mulher se decidiram divorciar, e de onde até saiu a canção “Sagres”, em memória da vila algarvia onde a conversa definitiva aconteceu.

    No palco secundário já começou Cigarettes After Sex. O Observador andou pelo recinto a perguntar a alguns festivaleiros o que mais queriam ver hoje e o nome da banda norte-americana surgiu várias vezes.

  • As bolinhas de sabão passaram do palco principal para o secundário, onde estão a tocar os Cigarettes After Sex.

  • Se no dia anterior houve crowdsurfing como há muito não se via em Coura, em The Tallest Man on Earth há telemóveis levantados a fazer a vez de isqueiros e bolinhas de sabão a voar. O sueco tocou agora “The Wild Hunt” e tornou-a mais lenta do que no disco com o mesmo nome, lançado em 2010.

  • Continuam os elogios: “Este é o melhor festival de sempre.”

  • Kristian Matsson diz que é “bom estar de volta” e que o público português é feito de “gente bonita”.

    Uma coisa que todos os concertos deste Paredes de Coura parecem ter em comum são os elogios a Portugal e aos portugueses. Podemos ficar inchados de orgulho.

  • The Tallest Man On Earth já toca.

  • Gastroenterites em Paredes de Coura: "Não é uma situação para alarmismos"

    Rui Escaleira, diretor do serviço de urgência da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, esteve na sala de imprensa para dizer que estão cerca de 10 membros da unidade de saúde pública a tentar identificar a causa que levou a que 150 festivaleiros tivessem de receber tratamento hospitalar desde a noite de sexta-feira.

    Os primeiros casos de pessoas com sintomas de “náuseas, vómitos, diarreia e alguns com desidratação” começaram a chegar às 21h00 às unidades de saúde de Viana do Castelo, Monção e Ponte de Lima. O pico registou-se durante a madrugada, com 80 pessoas. A maioria já teve alta, “após medidas terapêuticas simples”, e alguns até já estão de regresso ao recinto do Vodafone Paredes de Coura.

    Apesar de o foco específico do problema ainda não ter sido identificado, Rui Escaleira acredita que não há motivos para temer novo pico. “Durante o dia a frequência diminuiu, não há risco de se verificar outra situação”, frisando que não há razão para “alarmismos”.

    As águas do campismo estão a ser analisadas. Rui Escaleira relembra que há várias fontes de água na vila que não são próprias para consumo e que estão identificadas como tal. Aconselha-se, nesses casos, a nem sequer usar essa água para lavar os dentes, para não se correr o risco de “alguma ingestão inadvertida”.

  • Os russos Motorama reuniram aqui no palco secundário uma multidão de curiosos. E o público parece agarrado, é bom indie rock. À escuta.

  • The Last Internationale, uma canção de protesto

    Coube aos nova-iorquinos The Last Internationale a tarefa ingrata de abrir o palco principal, a uma hora em que muitos festivaleiros se encontravam ainda nas margens do Coura, a aproveitar os últimos raios de sol. O recinto estava morno, e nem os acordes frenéticos do meio português Edgey Pires foram suficientes para acordar o público. Apenas alguns fãs, mais entusiastas, decidiram ir saltar para a frente do palco. Ontem, à mesma hora, o cenário era bem diferente.

    Mas foi uma pena. Conhecidos pelos seus concertos energéticos — tempestuosos –, os The Last Internationale deram um concerto para mais tarde recordar. Com língua afiada, cantaram sem preconceitos sobre temas como a liberdade, a opressão. O homem dos tempos modernos. E, a pensar nos fãs, até apresentaram um tema novo, a acabadinha de compor “Modern Man”, que fará parte do próximo álbum.

    Na hora da despedida, “1968” foi dedicada a todos os presentes. “Esta é a nossa canção para as pessoas”, explicou a vocalista Delila Paz. Atrás do palco, no écrã gigante, onde antes estava uma imagem que dizia “este banner mata fascistas”, surgiram várias fotografias do 25 de Abril. “People have the power”, cantou a vocalista e baixista, antes de se despedir dizendo simplesmente: “Paz”.

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  • Capitão Fausto não têm os dias contados

    A banda liderada por Tomás Wallenstein desfila Capitão Fausto têm os Dias Contados, um álbum a que demos 5 estrelas. O hype nestas coisas nem sempre é fácil de explicar, como o próprio nos confessou nesta entrevista.

    Este ano correram tudo quanto é festival, e com toda a justiça, porque este álbum é um dos momentos musicais mais importantes do ano e isso colou, como ficou demonstrado aqui, neste início de noite. Um sucesso que não tem os dias contados.

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