O Japão enfrentou a segunda maior crise nuclear da história na sequência de um sismo e de um tsunami, em março de 2011. Em 2015, um sismo no Nepal fez mais de 9.000 mortos. O Observador relembra alguns dos terramotos que resultaram em mais mortes nos últimos cinco anos, depois do violento sismo sentido esta quarta-feira em Itália.
Equador: 661 mortos
Abril de 2016
Um sismo de 7,8 na escala de Richter no Equador terá levado à morte de 661 pessoas (sendo que há ainda registos diferentes) e causou ferimentos a mais de 27.732. Nove continuam desaparecidas, desde o dia 16 de abril. Mais de 13.500 militares e oficiais da polícia foram destacados para missões de socorro pelo Presidente Rafael Correa.
Paquistão: 399 mortos
Outubro de 2015
O sismo que abalou o sul asiático no dia 26 de outubro de 2015 registou uma magnitude de 7,5 na escala de Richter e causou a morte de 399 pessoas. O terramoto afetou principalmente o Paquistão, mas foi também sentido no Uzbequistão, Turquemenistão, Quirguistão e Turquemenistão e Afeganistão. Ao todo, ficaram mais de 2.500 pessoas feridas. A maior parte dos mortos e feridos viviam no Paquistão e no Afeganistão, tendo quatro pessoas na Índia morrido e 20 ficaram feridas.
Nepal: 9182 mortos
Abril e maio de 2015
Dois dos sismos mais mortíferos dos últimos anos ocorreram no Nepal no dia 25 de abril e 12 de maio. O primeiro — de 7,8 na escala de Richter — foi responsável pela morte de 8.857 pessoas enquanto o segundo, de 7,3, levou à morte de 218. O número de feridos excede os 25.000 e mais de 3,5 milhões de desalojados. Os danos foram calculados em cerca de 10 mil milhões de dólares, o equivalente a 50% do PIB do Nepal.
China: 617 mortos
Agosto de 2014
Um sismo de magnitude 6,1 na escala de Richter provocou a morte a mais de 617 pessoas tendo ficado mais de 2.400 feridas, no dia 3 de agosto de 2014. Uma semana depois ainda estavam desaparecidas 112 pessoas. Na sequência do sismo e das réplicas 12.000 casas colapsaram e cerca de 30.000 ficaram danificadas.
Filipinas: 222 mortos
Outubro de 2013
Na manhã do dia 15 de outubro, um sismo de magnitude 7,2 atingiu fortemente a ilha de Bohol no arquipélago das Filipinas e atingiu de forma menos intensa a ilha de Cebu e outras ilhas do arquipélago. Segundo um relatório oficial do governo filipino, morreram 222 pessoas, 976 ficaram feridas e oito desapareceram. Cerca de 384.000 pessoas foram desalojadas. O mesmo relatório afirma que o sismo libertou uma energia equivalente a 32 bombas de Hiroshima e que 3,2 milhões de pessoas foram afetadas pelo tremor — quer seja por ter ficado feridas ou as suas propriedades danificadas. Ao todo verificaram-se 4.465 réplicas que duraram até dezembro. Três semanas depois do terramoto, a ilha foi atingida pelo tufão Yolanda.
Paquistão: 825 mortos
Setembro de 2013
O sudoeste do Paquistão foi atingido por um sismo de intensidade 7,7 no dia 24 de setembro de 2013. 825 pessoas morreram e pelo menos 700 ficaram feridas. Muitas das casas da região afetada eram de pedra e lama e colapsaram devido ao terramoto e às réplicas. Ao todo, mais de 21.000 casas ficaram completamente destruídas.
Azerbaijão: 306 mortos
Agosto de 2012
Dois sismos afetaram as cidades mais a oeste do Azerbaijão no dia 11 de agosto de 2012. O primeiro registou uma magnitude de 6,4 e o segundo 6,3 na escala de Richter. Existiu um intervalo de onze minutos entre os dois tremores que causaram a morte a 306 pessoas. Os dados apontam para cerca de 3.037 feridos, embora não tenham sido registados danos muito graves. Foram sentidas pelo menos 80 réplicas durante os dois dias seguintes.
Turquia: 604 mortos
Outubro de 2011
Morreram 604 pessoas na sequência de um terramoto de magnitude 7,1 na escala de Richter que atingiu a cidade de Van, Turquia, no dia 23 de outubro de 2011. Duas semanas depois, no dia 9 de novembro, um terramoto de 5,7 foi responsável pela morte de 40 pessoas. Para além dos mortos, mais de 4.000 pessoas ficaram feridas e mais de 40.000 desalojadas.
Japão: mais de 16.000 mortos
Março de 2011
Um sismo de magnitude 9,0 atingiu a costa este do Japão no dia 11 de março de 2011. O sismo foi seguido de várias grandes ondas, uma delas que atingiu mais de 40 metros e avançou 10 quilómetros pela costa.
Um relatório da Agência Nacional da Polícia confirma a morte de 16.894 pessoas, 6.152 feridos 2 2.562 desaparecidos, bem como 228.863 desalojados tanto temporariamente como de forma permanente.
Ao todo, 127.290 edifícios colapsaram totalmente, 272.788 colapsaram parcialmente e 747.989 ficaram parcialmente danificados. 4,4 milhões de habitações japonesas ficaram sem eletricidade e 1,5 milhões sem água.
O tsunami foi também responsável por danificar gravemente a central nuclear de Fukushima, provocando a maior crise nuclear desde Chernobil, na Ucrânia, em 1986.