Uma unidade de tanques do Exército da Turquia invadiu a zona fronteiriça a norte da Síria depois de bombardear a zona, alegadamente sob controlo do Estado Islâmico. A região invadida fica a meio caminho entre Gaziantep, a cidade turca alvo de dois atentados na passada semana, e Aleppo, a cidade síria fustigada pela guerra civil no país ainda governado por Bashar al-Assad.

Numa altura em que o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se prepara para visitar a Turquia, o primeiro responsável norte-americano a fazê-lo desde a tentativa de golpe de Estado que aconteceu no mês passado, o Exército turco faz uma das maiores ofensivas, pelo menos dos últimos tempos, avança a imprensa turca.

As forças armadas turcas terão atingido cerca de 70 alvos na região fronteiriça de Jarablus com recurso a rockets, ataques aéreos e a artilharia terrestre, enviando também as forças especiais turcas como parte da ofensiva.

O ataque, segundo o presidente turco, tem como alvos o grupo terrorista Estado Islâmico, mas também as forças curdas na região que estão a combater o Estado Islâmico. As forças curdas são consideradas terroristas pelo governo turco, apesar de serem aliados dos EUA na luta contra o Estado Islâmico e das forças mais eficazes no terreno contra os avanços do movimento terrorista.

As forças turcas já haviam lançado ataques contra as forças curdas esta semana. O objetivo será evitar que os curdos, que lutam por um Estado independente há várias décadas, preencham o vazio que possa ser deixado pelo Estado Islâmico.

A região chamada de Curdistão abrange partes da Turquia, Síria, Iraque e Irão, sendo que a maior parte do território, que não é um país e só tinha autonomia em algumas partes do Iraque, está na Turquia.

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