Giorgia, uma menina de dez anos, foi retirada dos escombros do sismo em Itália esta quinta-feira. Esteve soterrada 17 horas e sobreviveu. Quanto tempo é, então, possível uma pessoa sobreviver soterrada depois de um sismo?

Um especialista afirma que é possível aguentar uma semana, talvez até mais se existir acesso a líquidos ou alimentos sólidos. Esta informação pode dar alento às equipas de socorro italianas que continuam a procurar sobreviventes entre os destroços.

O caso conhecido em que alguém passou mais tempo soterrado (depois de um sismo) é o de um homem de 73 anos — doente — que esteve 13 dias preso depois do terramoto no Equador, que ocorreu a 16 abril de 2016, informa o El Mundo.

Manuel Vásquez sofreu feridas graves depois de ter ficado debaixo das paredes de uma casa. A equipa de socorro terá encontrado o homem depois de ouvir sons vindo da estrutura parcialmente destruída. Manuel sofria de insuficiência renal crónica e obstrução das vias urinárias. Os dedos do pé esquerdo tinham sido amputados, os tornozelos estavam com necrose, encontrava-se desidratado, desnutrido e desorientado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As forças de socorro que estão em Amatrice continuam a tentar procurar sobreviventes debaixo dos escombros e acalentam a esperança de encontrar pessoas vivas até ao terceiro ou quarto dia depois do acidente (esta sexta-feira e sábado). No entanto, torna-se cada vez mais improvável encontrar pessoas com vida, com cada hora que passa, informam os responsáveis pelas buscas.

Segundo o presidente de um serviço de urgência italiano, Ansa Mario Costam, a possibilidade de sobreviver depende de diversos fatores entre os quais “a idade e a condição física” de cada um. Costa lembra ainda que é preciso ter em conta se a pessoa debaixo dos escombros sofreu ferimentos graves antes de começar a operação de socorro.

O presidente do Sociedad Sistema 118 afirma que uma pessoa “resistir até uma semana” desde que consiga sempre respirar. Ressalva ainda que este tempo pode aumentar consideravelmente caso o indivíduo tenha oportunidade de ingerir líquidos – “o mais importante” – e alimentos sólidos.