Pavlina Pizova, uma caminhante da República Checa, sobreviveu 30 dias no deserto gelado da Nova Zelândia depois de assistir à queda mortal do seu namorado, Ondrej Petr. As autoridades encontraram Pizova, na última quinta-feira, numa cabana no Parque Nacional de Fiordland, a 50 quilómetros de Queenstown.
A caminhante de 33 anos deu na sexta-feira uma conferência de imprensa em que explicou que as condições meteorológicas eram extremamente adversas e, por isso, o casal tentou chegar a um abrigo. Nesse momento, o seu companheiro escorregou numa rampa de gelo e ficou preso entre pedras e ramos de árvore. Pizova ainda passou uma noite ao lado de Petr, mas este acabou por falecer, esclarece a NBC.
Depois de tentar retirar o corpo do jovem de 27 anos, Pizova conseguiu chegar à cabana, onde sobreviveu com comida deixada pelos guardas. Tentou diversas vezes sair do abrigo para procurar ajuda, mas a neve e as sucessivas avalanches não o permitiram. Apesar de existir um rádio, a caminhante checa não conseguiu entender as instruções dadas em inglês.
De acordo com a Associated Press, o percurso de 32 quilómetros que ambos tentaram realizar demora cerca de três dias a ser fazer-se no verão, mas pode-se tornar traiçoeiro no inverno, devido às condições climatéricas. Recorde-se que o inverno no hemisfério sul decorre entre os meses de junho e agosto.
Pizova admitiu que estavam mal preparados para a viagem, uma vez que não avisaram os seus familiares e amigos de que iam fazer este percurso: “Estou ciente de que cometi alguns erros”, disse Pizova. Apesar disso, os amigos e familiares estranharam a sua ausência e avisaram as autoridades. Depois de encontrarem o carro dos caminhantes, no início da rota, enviaram um helicóptero que descobriu a sobrevivente.
O corpo de Ondrej Petr já foi encontrado.
Texto editado por Edgar Caetano