O Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, anunciou esta terça-feira que a exposição de Helena Almeida vai ser inaugurada no Wiels – Centro de Arte Contemporânea de Bruxelas a 08 de setembro, depois de ter passado por Paris.

“A exposição, que agora pode ser visitada pelo público belga, aborda o trabalho de pintura, fotografia, vídeo e desenho produzido por Helena Almeida numa carreira de mais de cinco décadas, e foi comissariada por João Ribas, diretor-adjunto do Museu de Serralves, e Marta Moreira de Almeida, curadora do Museu de Serralves”, pode ler-se no comunicado enviado pela instituição.

A exposição, intitulada “Corpus” para o público belga (depois de ter estado no Porto sob o título “A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra”), vai estar naquele espaço até 11 de dezembro.

Na apresentação da exposição à imprensa, quando esteve em Serralves, em outubro passado, a diretora do museu, Suzanne Cotter, disse que se tratava de uma mostra “extremamente importante” para o museu, que, apesar de não ser uma retrospetiva, apresentava uma “visão geral do seu trabalho e transmite realmente o quão fresco e radical é”.

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Cotter realçou esperar que a exposição pudesse ser uma “revelação para as gerações mais jovens que não tiveram a possibilidade de acompanhar o trabalho de Helena Almeida ao longo das últimas cinco décadas”.

Desde trabalhos criados em 1966 e expostos na Galeria Buchholz, em Lisboa, nos anos seguintes até peças criadas na corrente década, “Helena Almeida: A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra” acompanha a evolução ao longo das décadas da artista portuguesa que “habitou” as suas pinturas ao trabalhá-las a partir da fotografia.

Por entre as obras selecionadas estão peças como “Ouve-me”, de 1979, que, na opinião do diretor-adjunto do museu, talvez seja “mais relevante hoje” do que no ano da Revolução Iraniana.