Histórico de atualizações
  • O Observador conclui a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Continuaremos atentos aos próximos acontecimentos do governo de Michel Temer, na sequência da sua confirmação como Presidente do Brasil.

    Obrigado e boa noite!

  • Por fim, Michel Temer disse que quer entregar ao “seu sucessor um país reconciliado, pacificado e em ritmo de crescimento”, o que pode ser entendido como um recado aos partidos de apoio ao governo que não pretende disputar as eleições presidenciais de 2018.

    Afirma ainda que pretende “dialogar democraticamente com todos os setores da sociedade brasileira” e que irá respeitar “a independência entre os poderes executivo, legislativo e judiciário”.

    O Presidente conclui citando o slogan do seu governo (“Ordem e progresso”), ao assegurar que “ordem e progresso sempre caminham juntos” e conclui com uma mensagem de esperança: “Quando o Brasil quer, o Brasil muda”.

  • O policiamento foi reforçado na Rua da Consolação e os manifestantes abandonaram o local sem oferecer resistência. Entretanto, na esquina com a Rua Fernando de Albuquerque, foi feita uma nova fogueira. “Fora Temer” e “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar” são as palavras de ordem.

  • Michel Temer rebateu subtilmente as críticas dos defensores de Dilma Rousseff ao dizer “já ampliou os programas sociais” do governo petista.

    “Aumentamos o valor do Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida foi revitalizado. Ainda na área de habitação, dobramos o valor do financiamento para a classe média.
    decidimos concluir mais de mil e quinhentas obras federais que encontramos inacabadas”, declarou.

  • Michel Temer comparou a dívida pública brasileira com os gastos de uma família. “O governo é como a sua familía, se estiver endividada, precisa diminuir despesas para pagar as dívidas”. É assim que justifica o envio para o Congresso o envio da emenda constitucional que limita pelos próximos 20 anos o aumento dos gastos públicos de um ano à inflação do ano anterior.

    Aliados de Dilma Rousseff criticaram a proposta, pois acreditam que vai diminuir ou congelar os investimentos em educação e saúde, por exemplo.

  • Em São Paulo, os protestos prosseguem. Um grupo de manifestantes pegou fogo a sacos do lixo no meio da Rua da Consolação, seguindo depois rumo ao centro da cidade.

  • Michel Temer quer fazer reformas trabalhistas e nas pensões para "resgatar força da economia"

    No seu primeiro discurso televisivo como Presidente do Brasil, Michel Temer anunciou que quer fazer reformas trabalhistas e nas pensões para “resgatar força da economia”.

    Temer disse que o país caminha para o ponto em que não poderá pagar as “pensões” e por isso necessitava implementar soluções “sem calotes e truques”. Sobre os direitos trabalhistas, afirmou que é necessário “modernizar a legislação” para “facilitar” a relação entre empresas e trabalhadores.

  • A mensagem de Michel Termer, gravada durante a tarde, já está a ser transmitida na televisão nacional.

  • Num comunicado divulgado esta quarta-feira, Ban Ki-moon, agradeceu a Dilma Rousseff o “compromisso e empenho” da ex-presidente para com a ONU. Na nota, o secretário-geral das Nações Unidas desejou ainda os “melhores desejos” a Michel Temer.

  • Michel Temer já embarcou rumo à China, onde irá participar numa reunião do G20. Com ele seguem os ministros das Finanças, Henrique Meirelles, das Relações Exteriores, José Serra, e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

  • Ao som do hino nacional, os manifestantes içaram um boneco gigante de Dilma Rousseff, em frente à sede da Fiesp, com as palavras: “Tchau querida”.

  • Em São Paulo, a manifestação prossegue em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde centenas de pessoas comemoram o impeachment de Dilma. Um boneco insuflável de Renan Calheiros, presidente do senado, foi colocado no local.

    O El País fala em cerca de 200 pessoas. As duas faixas da Avenida Paulista continuam fechadas, entre as ruas Pamplona e Ministro Rocha Azevedo.

  • Défice deverá atingir os 2,7% em 2017

    Na mesma conferência, Dyogo Oliveira, ministro do Planeamento, anunciou que o Governo estima que, em 2017, o défice brasileiro atinja os 181,2 mil milhões de reais (50,3 mil milhões de euros), o que equivale a 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

    No que diz respeito à dívida líquida, o Governo espera que esta atinja os 52,5% em 2019, seguindo um caminho ascendente — em 2013 era de 30% e, no final de 2016, estima-se que chegue aos 52,5%. A dívida bruta também continuará a aumentar — em 2015, estava nos 66,5% e, em 2017, deverá atingir os 72,5%. De acordo com os dados do Governo, em 2019 chegará aos 77,7% relativamente ao PIB.

  • Governo propõe aumento do salário mínimo nacional

    O Governo propôs o aumento do salário mínimo nacional de 880 reais (244 euros) para 945,80 reais (945 euros). O anúncio foi feito pelos ministros de Michel Temer numa conferência de imprensa realizada depois da reunião com o Presidente brasileiro.

    De acordo com um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconómicos, em julho deste ano, o salário mínimo necessário para cobrir as despesas de uma família de quatro pessoas é de cerca de 3.993 reais (1.108 euros).

  • Avenida Paulista fechada devido a manifestação

    A Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, foi fechada nos dois sentidos devido a uma manifestação. No local, estão protestantes pro e contra Dilma, separados por dois cordões policiais.

  • Álvaro Dias: "O que aconteceu foi uma afronta à Constituição"

    Álvaro Dias, do Partido Verde, acredita que não existe unidade na base de apoio a Michel Temer e que o resultado da votação que definiu os direitos políticos de Dilma é prova disso. Feita em duas etapas, esta reflete “o jeitinho bem brasileiro” que está ao “serviço dos poderosos, criando um precedente extremamente nocivo que pode ser usado” no futuro.

    “O que aconteceu foi uma afronta à Constituição, desde a aceitação do destaque — que eu creio ser inconstitucional –, até depois com o voto dos senadores”, disse. “Ela é muito clara. Diz que a perda do mandato por cassação implica em perda dos direitos políticos por oito anos. As penas estão ligadas e não havia necessidade de haver uma votação em duas oportunidades, em dois turnos“, explicou o senador, citado pela Folha de São Paulo.

    Além disso, o senador acredita que Temer terá muita dificuldade em “conquistar a credibilidade popular”. “É muito importante o apoio popular para as reformas polémicas que se confrontarão com interesses localizados, especialmente de corporações que possuem a força do lobby”, afirmou. “É a herança é maldita. O presidente Temer terá que agir com muita competência e coragem.”

  • Michel Temer: "Golpistas são eles"

    Na reunião no Palácio do Planalto, Michel Temer pediu aos ministros que refutassem “o termo de golpista”. “Golpistas são eles, que propõem a rutura constitucional. Não vamos levar a ofensa para casa”, disse, citado pela Folha de São Paulo. “Quem tolerar, confesso que terei que trocar uma ideia sobre isso.”

    Apesar de admitir que não levará a cabo uma “caça às bruxas”, reiterou que o Governo não se calará. “No plano internacional, eles conseguiram com algum sucesso dizer que houve aqui golpe. Agora, vamos ter que responder”, afirmou.

    Sobre a viagem à China, Temer disse que esta servirá para “revelar aos olhos do mundo” que existe “estabilidade económica e segurança jurídica”.

  • Tentando chegar a outras audiências, Joaquim Barbosa continua a criticar o processo de impeachment no Twitter. Agora em inglês.

  • Michel Temer: "Há uma esperança no Brasil"

    Na reunião, Temer pediu firmeza e que cada ministro “cuide, com afinco, da sua área”. “Quando cuidam das suas áreas, estão cuidando” do país, afirmou, frisando que “há uma esperança no Brasil”, referindo-se à receção que teve no Congresso.

  • Na reunião com os ministros, Michel Temer disse que foi inaugurada “uma nova fase”, “de um horizonte de dois anos e quatro meses”. “A partir de hoje a cobrança será maior em relação ao governo”, afirmou citado pela Folha de São Paulo.

    “Não basta que o presidente centralize as decisões e determine sua execução” para “que daqui dois anos possamos sair daqui com aplausos do povo brasileiro”, salientou o presidente.

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