A China recebe a partir deste domingo a cimeira do G20, na cidade de Hangzhou, com uma agenda dominada pela economia mundial, mas num cenário internacional marcado por conflitos diplomáticos e territoriais. A reunião das principais economias mundiais, que decorrerá no Centro de Exposições Internacionais da capital da província chinesa de Zhejiang, terá como tema “Avançar para uma economia mundial inovadora, vigorosa, interconectada e inclusiva”.

O objetivo é “construir uma globalização sem setores sociais que se sintam prejudicados” e “elaborar um plano de estímulo para a economia mundial”, anunciaram os organizadores chineses.

Durante a cimeira de Brisbane, Austrália, em 2014, os líderes do G20 estabeleceram como meta elevar o ritmo de crescimento dos seus Produtos Internos Brutos para 2%, até 2018.

Aquele objetivo é agora ameaçado pelo “Brexit”, pela volatilidade nos mercados financeiros, pela queda dos preços das matérias-primas e pelo abrandamento das economias da China e de outros países emergentes.

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O consenso em torno de políticas que estimulem o crescimento mundial contrasta, no entanto, com o agravamento das tensões regionais e divisões geopolíticas.

A guerra na Síria, a crise ucraniana, as disputas territoriais no Pacífico e a instabilidade na península coreana serão os temas fraturantes.

A cimeira ficará ainda marcada pela despedida de Barack Obama, que vai reunir-se pela última vez com Xi Jinping.

Os dois estadistas deverão ratificar o acordo do clima, alcançado durante a conferência de Paris (COP21), no ano passado.