Apesar das boas notícias que dão o panda-gigante como mais longe da extinção, o gorila-ocidental entrou para a lista das espécies criticamente ameaçadas. A informação foi dada este domingo, no Congresso da Conservação Mundial no Havai. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) aponta como principal motivo a caça ilegal.

A “lista vermelha” da IUCN contém 80 mil espécies que estão categorizadas em nove níveis. Em 2008, o gorila-ocidental estava classificado como uma espécie “em perigo” e agora passou para a categoria “criticamente em perigo”. Nesta categoria encontram-se os últimos animais que vivem em ambiente selvagem. A classificação seguinte inclui as espécies que já só se encontram em cativeiro e, finalmente, as extintas.

De acordo com uma estimativa da organização, esta espécie perdeu 77% da sua população desde 1996, existindo atualmente menos de 5.000 gorilas em estado selvagem.

De todas as grandes espécies de primatas – o gorila-oriental, gorila-ocidental, orangotango-do-bornéu, orangotango-de-sumatra, o chimpanzé e o bonobo – apenas o chimpanzé e o bonobo não estão considerados criticamente em perigo. No entanto, todas estas espécies estão listadas como ameaçadas de extinção.

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Inger Andersen, diretor da IUCN, disse em comunicado que: “ver o gorila-ocidental- um dos nossos primos mais próximos – perto da extinção é verdadeiramente angustiante”. O diretor acrescentou que “é da nossa responsabilidade mudar este rumo e proteger o nosso planeta”.

Para os gorilas do Congo, onde a maioria dos gorilas-ocidentais vive, a conservação desta espécie será difícil de alcançar por causa da instabilidade política, disse à NBC Russell Mittermeier, vice-presidente executivo do grupo ambientalista Conservação Internacional e presidente do grupo de especialistas de primatas da IUCN.

A IUCN compila esta “Lista Vermelha” juntamente com universidades e grupos ambientais dentro do habitat natural dos animais. É considerada uma das análises mais abrangentes das espécies ameaçadas.