Notícia atualizada às 00h25 de 7 de setembro.
Arcos de Valdevez aciona Plano de Emergência devido a incêndio
A Câmara de Arcos de Valdevez acionou esta segunda-feira à tarde o Plano Municipal de Emergência, na sequência dos fogos que lavram na zona do Soajo, informou o vice-presidente da autarquia, Hélder Barros. O plano foi ativado pelas 16h10.
O vereador da proteção civil municipal de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, referiu que “os habitantes e a GNR ficaram retidos porque o fogo tomou conta da estrada de acesso aquele lugar”. O vereador disse ainda que na área do Parque Peneda Gerês (PNPG) “morreram animais”, sem especificar a quantidade e “alguns habitantes daquele lugar estiveram em risco de vida por terem ficado cercados pelas chamas”.
O comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, Delfim Mota, disse à SIC Noticias que existem vários focos de incêndio junto a habitações e que tem diversas equipas a combater as chamas no local. Várias pessoas sofreram inalação de fumo ao tentarem proteger as suas casas e tiveram que ser assistidas.
Um casal de Paradela, lugar já evacuado do Soajo, Arcos de Valdevez, foi transportado pelo INEM, para um hospital, com queimaduras no rosto, disse o vereador da Proteção Civil. Olegário Gonçalves não soube o grau das queimaduras das vítimas, que foram atingidas quando combatia um incêndio junto à sua casa. Também não referiu a idade.
Delfim Mota acrescentou que o vento forte e a alta temperatura tornam “um pequeno incêndio num incêndio de grandes dimensões”. O comandante afirmou que há “falta de meios aéreos”.
De acordo com a informação dada no site da Proteção Civil, no local estiveram cerca de 64 operacionais apoiados por 24 viaturas.
Delfim Mota acrescentou que “a situação já está a voltar à normalidade na localidade de Paradela”.
Foram retiradas “14 a 16 pessoas”, conduzidas para o Centro de Dia do Soajo, mas entretanto algumas delas já puderam regressar a casa. Segundo Robalo Simões, a maioria dos habitantes daquele lugar recusou abandonar o local. A Proteção Civil chegou também a equacionar a hipótese de evacuar o lugar de Várzea, mas tal ainda não aconteceu.
O incêndio deflagrou pelas 09h00 e chegou a ser dado como dominado, mas, como sublinhou Robalo Simões, reacendeu “com grande potência” ao início da tarde.
Chamas continuam a lavrar “com violência” em Boticas
O presidente da Câmara de Boticas disse à agência Lusa que o incêndio no concelho continua a lavrar com “muita violência”, tendo sido mobilizados mais meios para o terreno, onde estão agora 244 operacionais e 72 viaturas.
Este fogo, que deflagrou na zona de Codessoso, no concelho de Boticas, lavra desde as 16h de segunda-feira, já queimou uma vasta área de pinhal e obrigou à retirada das pessoas mais vulneráveis, como crianças e idosos, da aldeia de Torneiros.
“Continua a arder com muita intensidade porque está muito vento, a temperatura não baixa, está a arder com muita violência, não permitindo a aproximação dos operacionais, e nem as máquinas conseguem atuar”, afirmou o presidente Fernando Queiroga.
Segundo o autarca, o fogo está a avançar para os territórios das aldeias de Sodradelo, Valdegas e Pinho e poderá passar para o concelho de Chaves.
Fernando Queiroga disse que o combate às chamas foi reforçado esta noite com mais homens que estão a ser posicionados no terreno. Para o combate a este fogo foram mobilizados 244 operacionais, que contam com o apoio de 72 viaturas.
O presidente acrescentou que se prevê um novo reforço de meios por volta das 06h00.
A página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil dava conta de 11 incêndios ativos no distrito de Vila Real, pelas 22h30, que mobilizam 538 operacionais e 154 viaturas.
No distrito, os fogos que fustigam os concelhos de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar estão também a preocupar as populações e autoridades, que se queixam das muitas ignições e da necessidade de dispersar meios.
O fogo que deflagrou em Alvadia, Ribeira de Pena, mobiliza 152 operacionais e 39 viaturas. No combate às chamas em Vila Pouca de Aguiar, que tiveram início em Soutelinho do Mezio, estão 92 operacionais e 28 viaturas.
Estes fogos condicionaram as estradas entre os dois municípios, tendo havido necessidade de cortar a Autoestrada 7 (A7), no sentido Ribeira de Pena/ Vila Pouca de Aguiar e de fechar a aérea de serviço do Alvão, onde o fogo rondou os depósitos de combustível.
Chamas em Cabeceiras de Basto já puseram casas em perigo
O incêndio que deflagrou pelas 6h09 desta segunda-feira, em Rio Douro, Cabeceiras de Basto, já pôs habitações em risco mas essa ameaça foi entretanto afastada, embora as chamas continuem a lavrar “com grande intensidade”, informou fonte dos bombeiros.
O comandante dos Bombeiros de Cabeceiras de Basto, Duarte Ribeiro, disse à Lusa que o combate às chamas está a ser dificultado pela falta de acessos, pela existência de muito material combustível e pelo vento.
“A situação está muito complicada, com frentes muito ativas e com muitas projeções”, referiu.
Disse ainda que o “muito fumo” também dificulta a ação dos bombeiros e dos meios aéreos mobilizados para o local.
Segundo o site da Autoridade Nacional de Proteção Civil, no combate às chamas estiveram 118 operacionais, apoiados por 39 meios terrestres e quatro meios aéreos. O site fazia referência a um incêndio em mato com duas frentes ativas.
Para o local já foram mobilizados grupos de reforço de ataque ampliado (GRUATA) de Lisboa e Porto.
Incêndio em Soure é o que mobiliza mais meios
O incêndio que mobiliza mais meios é o de Soure (distrito de Coimbra), na localidade de Carpinteiros, onde 494 operacionais, apoiados por 162 meios terrestres.
A grande dificuldade nos acessos e o vento têm complicado o combate ao incêndio que começou na segunda-feira em Soure, distrito de Coimbra, e que mobiliza 504 operacionais, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
O incêndio em Soure, que começou na segunda-feira e tinha sido dominado às 9h30 desta terça-feira, voltou a estar novamente ativo ao início da tarde, na sequência de um reacendimento, avançando com duas frentes.
As chamas progrediam em “terreno de difícil acesso”, estando no limite entre Soure e Penela e aproximando-se também do concelho de Condeixa-a-Nova, disse à agência Lusa fonte do CDOS de Coimbra.
Até ao momento, não foi necessário proceder à evacuação de habitações, apesar de o incêndio já ter estado próximo das localidades de Cotas e Chanca, referiu a mesma fonte.
O incêndio em Soure, distrito de Coimbra, começou na freguesia de Tapéus, por volta das 15h30 de segunda-feira, e chegou a ter três frentes ativas.