Uma proposta de lei que pode legitimar as famílias de vítimas dos atentados de 11 de Setembro processarem a Arábia Saudita vai ser votada esta sexta-feira, na Câmara dos Representantes dos EUA. A proposta vai ser votada dois dias antes de passarem 15 anos dos ataques que derrubaram as Torres Gémeas e causaram quase 3.000 mortes. Mas Obama deverá acabar por vetar.

A proposta foi aceite no Senado em maio, apesar das objeções levantadas pela Arábia Saudita – de onde eram naturais os 19 atacantes que sabotaram os aviões -, um dos principais parceiros dos EUA no Médio Oriente, como lembra o New York Times.

Jerrold Nadler, um dos representantes de Nova Iorque e o representante do projeto no Congresso, explicou que o desejo sempre foi que a lei fosse “apresentada antes do 15º aniversário”.

A Casa Branca anunciou que Barack Obama, o presidente dos EUA, deverá vetar a decisão. Esta decisão do presidente norte-americano pode prender-se com a preocupação das consequências que podem advir desta decisão. Caso os cidadãos americanos possam processar os sauditas, isso pode dar lugar a que outros países processem os Estados Unidos.

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Terry Strada, representante das Famílias do 11 de Setembro Unidas pela Justiça Contra o Terrorismo, considera que desde que os EUA não estejam a “financiar organizações terroristas e a matar pessoas”, a lei não se vai virar contra os americanos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Adel bin Ahmed Al-Jubeir afirmou que caso a lei seja aprovada, o Congresso norte-americano estaria a atacar as “imunidades estrangeiras”.

A votação surge dois depois de ser publicado um documento elaborado pelo Congresso que estabelecia possíveis ligações entre alguns dos 19 terroristas e o governo saudita.