O incêndio que lavra em Monchique, com duas frentes ativas, vai contar a partir das 8h30 com meios aéreos, avançou à Lusa o presidente da autarquia, Rui André, garantindo que a salvaguarda de “bens e pessoas” é a prioridade das autoridades.

“É a nossa prioridade em termos de defesa quando os meios não são suficientes e quando muitas vezes as condições no terreno não permitem o ataque à frente de fogo, que é o caso. A nossa prioridade é obviamente salvaguardar pessoas e bens. Haverá sempre [habitações e pessoas em perigo] mas estão sempre defendidas”, explicou à Lusa.

De acordo com o autarca que passou a noite junto do posto de comando instalado na Fóia, o cenário podia ser “muito mais complicado” uma vez que durante a noite teve início um incêndio em Silves “que chegou a ameaçar também a zona norte de Monchique”, mas que já está dominado.

“Temos duas frentes ativas em Monchique. Vamos fazer agora um raide aéreo para ver como está a progredir o fogo para tentar, com a intervenção dos meios aéreos, consolidar no terreno com bombeiros e meios terrestres, nomeadamente, máquinas de arrasto, e criar condições para que o fogo seja dominado o mais depressa possível “, frisou.

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Quanto ao incêndio que lavra no concelho vizinho, Rui André explicou que também existem “zonas preocupantes em Portimão, na zona do Resmalho e Casas Velhas”.

Esta madrugada uma das três frentes do incêndio que lavra em Monchique foi dominada e outra estava controlada em 60%, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.

A terceira frente ativa na localidade de Fóia lavrava a oeste e “não tem acesso a veículos de combate”, indicou fonte do posto de comando de operações.

Pelas 08h30 e segundo os dados do ‘site’ da Autoridade Nacional de Proteção Civil estavam no local 603 operacionais, apoiados por 195 veículos.