O presidente do PS/Lisboa, Duarte Cordeiro, definiu este domingo a anunciada candidatura da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, à autarquia da capital em 2017 como uma “jogada política” apenas com “motivações internas”.

“Cristas é uma candidata postiça, é uma candidata faz de conta, e apenas apresenta motivações internas para a sua candidatura”, disse o socialista à agência Lusa.

Duarte Cordeiro falava no dia seguinte à presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, ter anunciado na ‘rentrée’ do partido – em Oliveira do Bairro (distrito de Aveiro) – que vai ser candidata nas autárquicas de 2017 à câmara de Lisboa. A “única preocupação” de Cristas “parece ser consolidar a sua liderança e ganhar notoriedade numa altura em que o CDS aparece muito fraco nas sondagens”, disse o socialista.

“Há o facto estranho de ser lançada uma candidatura a Lisboa a 250 quilómetros de distância. Há um total vazio de ideias. O CDS está apenas preocupado com jogadas internas”, declarou ainda Duarte Cordeiro, que também acusou o PSD de parecer “esgotado” e apenas “discutir soluções do passado” para Lisboa.

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“A direita parece não estar muito preocupada com Lisboa. Olha para as autárquicas como uma jogada política”, concretizou o líder do PS/Lisboa e também vice-presidente da autarquia.

Depois, Duarte Cordeiro teceu elogios ao atual chefe do executivo camarário, Fernando Medina, afirmando que “tem demonstrado o seu empenho, dedicação e sentido estratégico na forma como tem resolvido dossiês muito importantes” para a cidade.

“O PS tem candidato, equipa, obra e futuro”, advogou, mesmo reconhecendo que ainda falta “um quarto do mandato” até às eleições autárquicas, daí também alguma estranheza com a “falsa candidatura” de Assunção Cristas.

Sobre Lisboa, Cristas recordou na intervenção de sábado – em que anunciou a candidatura – que foi na capital que cresceu, estudou e onde começou a trabalhar.

“Tenho o vento de Lisboa colado à minha pele e a água do Tejo colada à minha alma”, realçou a presidente do CDS-PP, que nasceu em Luanda.

Para a líder centrista, o foco do partido de momento tem de ser aquele que “tem calendário marcado” – as autárquicas em 2017.