A justiça norueguesa multou uma cabeleireira local em mil euros após ter sido condenada por discriminação por ter recusado atender uma cliente muçulmana que usava um lenço na cabeça, noticia a imprensa de Oslo.

Segundo os relatos da comunicação social norueguesa, Merete Hodne arriscava uma pena de prisão até seis meses por discriminação religiosa, depois de, em outubro de 2015, ter recusado atender Malika Bayan num salão de cabeleireiro em Bryne, uma pequena cidade no sudoeste de Noruega.

“O tribunal não tem qualquer dúvida que a acusada agiu intencionalmente, que discriminou deliberadamente Malika Bayan ao expulsá-la do salão porque ela é muçulmana”, argumentou o juiz, que impôs uma multa de 10.000 coroas norueguesas ((1.075 euros), obrigando ainda Merete Hodne a pagar 5.000 coroas norueguesas (537,50 euros) de custas.

O advogado da acusada indicou entretanto a intenção da Merete Hodne, 47 anos, de recorrer da decisão.

No julgamento, Merete Hodne disse ter visto o lenço na cabeça não como um símbolo religioso mas sim como político representando uma ideologia que a assusta.

“Vi-o como um símbolo totalitarista. Quando vejo um «hijab» (lenço), não penso em religião, mas em regimes de ideologia totalitária”, disse Merete Hodne aos juízes, acrescentando ter dito a Malika Bayan, 24 anos, para procurar outro estabelecimento.

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