Portugal colocou esta quarta-feira 750 milhões de euros, o montante mínimo anunciado, em Obrigações do Tesouro (OT) a sete e 21 anos às taxas de 2,817% e 4,040%, respetivamente, superiores às dos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado.

Segundo dados da Agência de Gestão do Crédito e da Dívida Pública (IGCP), publicados na página da entidade na agência Bloomberg, Portugal colocou esta quarta-feira 500 milhões de euros em OT a sete anos a uma taxa de juro de 2,817%, superior à do anterior leilão comparável, mas de OT a seis anos de julho, quando foram colocados 571 milhões euros a 2,355%.

Nas OT com maturidade em abril 2037 ou cerca de 21 anos, o IGCP colocou 250 milhões de euros a uma taxa de juro de 4,040%, também superior à do anterior leilão comparável, mas de OT a 22 anos realizado em outubro de 2015, quando foram colocados 350 milhões de euros a 3,2336%.

A procura de OT a sete anos atingiu 840 milhões de euros, 1,68 vezes superior ao montante colocado, e a de OT a 21 anos cifrou-se em 658 milhões de euros, 2,63 vezes superior ao montante colocado.

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O IGCP tinha anunciado para esta quarta-feira a realização de dois leilões de um montante conjunto entre 750 e 1.000 milhões de euros em OT a sete e a 21 anos.

Segundo o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “a procura foi boa e o facto de ter sido emitido um montante no limite mínimo desejado, quando costuma ser junto ao máximo, pode dizer apenas que o IGCP não quis colocar mais dívida”.

“Apesar da subida da taxa, são níveis baixos face ao histórico da dívida portuguesa”, referiu Filipe Silva, adiantando que “nos últimos dias, toda a dívida europeia viu os prémios de risco a aumentar” e “a dívida portuguesa seguiu essa tendência”.