São nomes que traduzem posições de poder. Júlio César transformou a república romana num império, Napoleão quis a hegemonia da França sobre a Europa e Darth Vader, o mau da fita na saga “A Guerra das Estrelas”, é considerado um dos maiores vilões que o cinema já conheceu. Já Barack Obama é o presidente da maior potência económica do mundo, os Estados Unidos da América. De alguma forma, todos eles controlam (ou controlaram) o mundo. De acordo com um estudo académico citado esta quinta-feira pelo El Mundo, a sua atração pelo poder nada tem a ver com necessidade de controlo, mas com liberdade individual.

“São muitas vezes vistos como vilões que quiseram dominar o mundo. Mas se olharem de perto, percebem que, na verdade, muitos líderes mundiais só desejam autonomia”, explicou ao El Mundo Joris Lammers, líder da investigação que envolveu uma universidade alemã, uma holandesa e outra colombiana.

A investigação, publicado no Boletim de Personalidade e Psicologia Social, concluiu que o poder é atraente não porque permite controlar as outras pessoas, mas porque proporciona liberdade individual. E tal como Darth Vader, também Napoleão, Júlio César ou Barack Obama encontraram a sua própria liberdade através do poder.

Os investigadores asseguram que quando os trabalhadores aceitam posições de maior responsabilidade dentro da empresa, por exemplo, não o fazem porque querem poder, mas porque querem mais autonomia nas suas funções. Quando a encontram, esse desejo por uma posição mais poderosa desaparece.

Para chegar a esta conclusão, os investigadores contaram com a participação de mais de 2.000 participantes, que foram divididos em três grupos. Um deles teve só de imaginar um cenário onde tivessem progressão de carreira, a outro foi oferecido uma função de maior responsabilidade (sem aumento salarial) e ao terceiro uma função com menos influência, mas com mais liberdade. A maioria dos participantes acabou por preferir a autonomia à influência.

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