O relatório da última visita dos elementos da troika a Portugal, em junho, no âmbito das avaliações pós-conclusão do programa de ajustamento, alerta para a existência de “riscos” no sistema financeiro português.

A conclusão consta do comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças, após a visita dos técnicos do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu a Portugal. No documento, o ministério de Mário Centeno faz referência a uma nota da Comissão Europeia, que dá conta de que, “mesmo após o programa de ajustamento, o sistema financeiro continua exposto a alguns riscos”.

Na mesma passagem, o Governo faz questão de destacar que “desenvolveu e continuará a desenvolver todas as ações necessárias para fortalecer o setor, em concertação com as instituições europeias”.

A Comissão Europeia alertou ainda para o impacto que o dossiê Novo Banco e a capitalização da Caixa Geral de Depósitos podem ter nas contas públicas. “O impacto final da venda do Novo Banco e da recapitalização da CGD nas finanças públicas e/ou em outros bancos ainda é desconhecido”, sinalizou a instituição europeia, notando que “as necessidades de financiamento da banca ainda são incertas”.

Estes dois processos podem comprometer o objetivo do Governo para o défice deste ano, que António Costa previa, no final de agosto (já depois dos técnicos da troika), ficar “confortavelmente abaixo de 2,5%”.

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