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Consumo de tranquilizantes: é preciso "modificar os hábitos de prescrição dos médicos"

Este artigo tem mais de 5 anos

Os jovens portugueses de 16 anos estão entre os que mais consomem tranquilizantes e sedativos com prescrição médica na Europa."Há muitos médicos de família" a receitá-los, considera investigadora.

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AFP/Getty Images

AFP/Getty Images

Os dados do inquérito europeu ESPAD divulgados esta terça-feira revelam que os jovens de 16 anos portugueses estão entre os que mais consomem substâncias psicotrópicas como tranquilizantes e sedativos na Europa. Em Portugal, 13% dos jovens daquela idade admitem já ter tomado este tipo de medicamento com prescrição médica, pelo menos uma vez na vida. Portugal só fica atrás da Letónia, onde 16% dos jovens de 16 anos já tomaram aquelas substâncias.

A coordenadora do estudo em Portugal, Fernanda Feijão, explica ao Observador que “os médicos portugueses têm a tendência para receitar este tipo de medicamentos, como Prozac ou Lexotan, muito frequentemente, por exemplo, a crianças hiperativas”, e faz questão de sublinhar: “Do ponto de vista da saúde, não tem sentido a distinção entre substâncias lícitas e ilícitas. Elas fazem mal e têm um grande poder aditivo“.

Por isso, destaca a investigadora, é necessário “modificar os hábitos de prescrição dos médicos”. O próprio secretário de Estado da Saúde “já está a tomar cuidado”, e já foi criado um grupo de trabalho para analisar os hábitos dos médicos, sobretudo dos psiquiatras, no que diz respeito às prescrições de medicamentos. “Há muitos médicos de família que receitam estes medicamentos”, assegura a investigadora, destacando que, para um jovem de 16 anos, “é fácil ficar agarrado ao fim de três semanas“.

Não é novidade que os jovens portugueses sejam dos que mais consomem este tipo de substâncias. Nos últimos dois estudos ESPAD, esta realidade já era visível, com Portugal sempre bem acima da média europeia (que se tem mantido nos 8%).

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Para Fernanda Feijão, “é uma questão cultural“, mas a que estes estudos quantitativos não podem dar uma resposta imediata. “São necessários estudos qualitativos. Este estudo deixa pistas”, esclarece a investigadora do SICAD, acrescentando que o serviço português deixou um desafio aos responsáveis europeus pelo estudo de que seja feito uma investigação sobre as motivações para estes números.

No inquérito, os jovens tinham de responder se já alguma vez tinham consumido este tipo de substâncias. Se sim, teriam de indicar se o tinham feito por um período superior ou inferior a três semanas.

Excetuando os valores relativos ao consumo de tranquilizantes e sedativos, os resultados do inquérito revelaram que os jovens de 16 anos portugueses fumam menos, bebem menos e consomem menos drogas, ficando abaixo das médias europeias em grande parte dos indicadores.

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