O investimento captado pelos Vistos Gold em agosto recuou 17% face ao mês anterior, para 50,8 milhões de euros, de acordo com os dados estatísticos divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Entre janeiro e agosto, o investimento feito através das Autorizações de Residência para a atividade de Investimento (ARI) atingiu os 622.325.574,75 euros.

Em termos mensais, no mês de agosto foram captados 50.814.229,12 euros através dos vistos dourados, menos 17% do que em julho (61.552.086 euros). Em junho, o investimento angariado pelos Vistos Gold tinha atingido os 98.893.760 euros. Do total do investimento registado no mês passado, 46.613.827,1 euros resultou de ARI atribuídas mediante o requisito da compra de bens imóveis e 4.200.402,02 euros pela transferência de capital.

Ainda em agosto, fora atribuídos 80 visto, dos quais 76 foram usados para a compra de imóveis e quatro para transferência de capital, segundo os dados do SEF. Um ano depois da entrada das novas regras de atribuição deste tipo de vistos, apenas um foi concedido mediante os novos requisitos — reabilitação urbana –, o que aconteceu durante o mês de julho.

Em termos acumulados – desde que os vistos começaram a ser atribuídos, a 08 de outubro de 2012, até agosto último -, o investimento total captado com as ARI atingiu os 2.315.058.199,27 euros, dos quais 2.092.299.548,77 euros em aquisição de bens imóveis e 222.758.650,50 euros por transferência de capital.

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Desde que os Vistos Gold entraram em vigor, foram atribuídos 3.795 ARI — dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015 e 1007 até agosto. Em termos acumulados, desde a sua criação até final de julho, foram concedidos 3.585 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 204 por transferência de capital, e seis pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

A China lidera a lista de ARI atribuídas — 2.835 até agosto, seguida do Brasil, com 197, da Rússia, com 133, da África do Sul, com 124 e do Líbano, com 60.

As novas regras para a obtenção de Vistos Gold, que alargam os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outros, entraram em vigor a 3 de setembro de 2015. Até agosto, foram atribuídas 1.584 Autorizações de Residência a familiares reagrupados.

No ano passado, o investimento resultante dos vistos caiu para metade face a 2014, para cerca de 466 milhões de euros.