A polícia e as secretas portuguesas monitorizam de forma indireta – sem vigilância – a integração dos refugiados que fogem da guerra na Síria. Esta prática teve início logo a partir do primeiro grupo de refugiados que chegou ao país. A notícia é adiantada pelo Diário de Notícias esta terça-feira.

As forças policiais que acompanham estes processos de integração fazem relatórios à Unidade de Coordenação Antiterrorista (UCAT), onde devem informar sobre qualquer incidente ou situação que possa parecer suspeita. Contactos com estrangeiros estranhos ao grupo de refugiados, ausências prolongadas das residências atribuídas e comportamentos antissociais são alguns dos pontos que devem ser reportados à UCAT. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é também informado sobre estes aspetos das vidas dos refugiados.

O processo de monitorização é feito através de contactos regulares com as entidades locais que, de alguma forma, estão envolvidas no acolhimento destes refugiados vindos de centros em Itália e na Grécia. Segundo o DN, ainda não foram reportados comportamentos fora do “enquadramento”.

A grande preocupação que está na origem desta monitorização é o medo da infiltração de membros do autoproclamado Estado Islâmico no país. A Alemanha alertou que alguns refugiados vindos da Síria podem ser agentes do grupo terrorista que tentam chegar a países para preparar ataques.

O SEF registou a entrada de 526 refugiados vindos de Itália e da Grécia.

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