Como se antevia, a Mercedes decidiu mesmo seguir as pisadas da Volvo e da Audi, e criar uma carrinha de grandes dimensões apta a enfrentar todos os caminhos. Com estreia em Paris e chegada ao mercado marcada para a Primavera do próximo ano, a nova Classe E All-Terrain promete enfrentar, com igual à-vontade, traçados de montanhas mais sinuosos, caminhos de terra, certos troços mais pedregosos ou estradas cobertas de gelo ou neve.
Numa primeira fase, a Classe E All-Terrain será proposta apenas na versão 220 d, com motor 2.0 turbodiesel de 194 cv e caixa automática de nove velocidades 9G-Tronic, a mesma que será montada também na variante a lançar numa fase posterior, com motor V6 igualmente a gasóleo. O dispositivo Dynamic Select, que permite optar entre vários modos de condução, o sistema de tracção integral 4Matic e a suspensão pneumática Air Body Control são propostos de série, aqui residindo boa parte do potencial do modelo para enfrentar percursos mais exigentes.
A suspensão pneumática, desde logo, garante uma altura ao solo 15 mm superior à de uma Classe E convencional. Sendo que oferece, ainda, três níveis de altura, adoptados em função do modo de condução escolhido, podendo o mais elevado ser seleccionado, a qualquer momento, pelo condutor, através de um botão na consola central, independentemente do programa de condução activado. A altura ao solo varia, deste modo, entre 121 mm e 156 mm.
Já o Dynamic Select oferece cinco modos de condução, que ajustam o funcionamento do motor, da transmissão, do ESP e da direcção. Um deles é inédito, chama-se All Terrain e, claro, destina-se a uma utilização fora de estrada, derivando do conhecido do GLE, o SUV de médio porte da Mercedes.
Quando selecionado, a suspensão pneumática faz elevar o chassi 20 mm (até uma velocidade máxima de 35 km/h), ao mesmo tempo que o ESP e o controlo de tracção são ajustados em conformidade. Característico do modo All Terrain é, igualmente, o indicador específico que surge no painel de instrumentos, e que informa o condutor acerca do ângulo da direcção, da altura ao solo (posição da suspensão pneumática), do ângulo de inclinação lateral e longitudinal e da posição do acelerador e do travão, incluindo ainda uma bússola.
Para sustentar o seu potencial para evoluir fora de estrada, e aumentar o conforto de marcha em pisos mais exigentes, a Classe E All Terrain recorre não só a uma afinação de suspensão mais macia, como a pneus como uma relação largura/altura mais elevada do que nos restantes membros da sua gama. Aliás, se esta carrinha é 29 mm mais alta do que as Classe E Station “normais”, deve 14 mm ao superior perfil dos pneus, com o restante a ser responsabilidade da superior altura ao solo da suspensão.
Como é óbvio, para além destes atributos tecnológicos, a Classe E All Terrain também se distingue pelo seu visual mais aventureiro. Mas, também aqui, a maioria das alterações assume uma vertente funcional, caso das protecções do chassi à frente e atrás, ou das protecções da carroçaria, em plástico preto, aplicadas nos guarda-lamas e nas saias laterais, estas rematadas por uma aplicação cromada.
Perseguindo um efeito estético, com vista a conferir ao modelo um ar mais robusto e dinâmico, surge a grelha frontal de desenho específico com a estrela da marca colocado ao centro, o pára-choques dianteiro de novo desenho com moldura inferior cromada, as jantes de 19” ou 20” de desenho exclusivo, ou o pára-choques traseiro tripartido, com secção superior na cor da carroçaria, inferior em plástico preto e protecção inferior do chassi cromada.
Já no interior, e partindo a Classe E All-Terrain do nível de acabamentos Avantgarde, destaque para alguns apontamentos próprios desta versão, como as aplicações com look em alumínio-carbono, os pedais desportivos em inox com aplicações em borracha, ou os tapetes com a inscrição All-Terrain. Naturalmente que todas as inovações em termos de segurança e conforto, já conhecidas dos restantes Classe E, estão também aqui disponíveis, sendo de série todas as soluções destinadas a aumentar a funcionalidade da bagageira, como o banco traseiro com rebatimento 40/20/40.
