Numa altura em que as pressões por parte dos legisladores sobre a indústria automóvel são cada vez maiores, a marca italiana de superdesportivos Lamborghini promete não recuar um passo que seja, continuando a disponibilizar blocos mais penalizados pelas leis anti-poluição, como é o caso do seu actual V12. Trata-se, segundo a marca, de respeitar o seu ADN. Do qual poderá voltar a fazer parte, no futuro, um sedan quatro portas!

A revelação foi feita à “CarAdvice” pelo próprio CEO da marca de Sant’Agata Bolognese, Stefano Domenicali. “A Lamborghini é uma marca com um ADN específico. Pelo que, “pelo menos a curto prazo, acredito que motores como o V12 continuarão a ser disponibilizados nos nossos carros. Desde logo, nos superdesportivos”, antecipou.

A decisão, justifica Domenicali, deriva também do facto de ser este tipo de motores “que o cliente quer” e “procura na marca”. Ainda que, acrescenta, tal não invalide que “exista um outro nicho de mercado” em que a Lamborghini também possa estar presente.

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Para Domenicali, para respeitar o ADN da marca há que manter o V12

Assim, e numa altura em que a marca italiana pertencente ao Grupo Volkswagen está totalmente envolvida no lançamento do primeiro SUV da sua história, o Urus, na calha poderá estar igualmente, embora não para já, um futuro sedan quatro portas. Hipótese que Domenicali não descarta, mas também não confirma. “Todos sabem que os modelos quatro lugares fazem parte da nossa história. E nós temos de ser humildes, não querer dar passos maiores que a perna. Para já, o importante é fazermos o nosso melhor para que o Urus avance.” Mas acrescenta: “Temos de nos manter abertos a tais possibilidades, para que possamos tomar as melhores decisões, na altura certa.”

Menos dúvidas tem Domenicali relativamente àquele que é um dos temas do momento – os veículos de condução autónoma. Com o líder da Lamborghini a garantir taxativamente que “nunca veremos um Lamborghini a conduzir-se por si próprio”.

“Qualquer automóvel Lamborghini estará sempre equipado com um volante, uma caixa de velocidades e um sistema de travagem”, assegura, defendendo que, “a partir do momento em que propusermos algo que abdica daquele que é o ADN desportivo da marca, o cliente deixará de comprar os nossos carros”. Ou seja, a marca terá de “seguir a legislação imposta pelos governos, corresponder às exigências das homologações e responder às necessidades do mercado, mas sempre sem deixar de ser o máximo possível Lamborghini”.

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