A capital portuguesa é a quinta cidade europeia com o crescimento mais rápido em número de visitantes internacionais, segundo o estudo “Global Destinations Cities Index”, da Mastercard.

Entre 2009 e 2016, o número de visitantes internacionais que pernoitam em Lisboa cresceu 7,4%, com a cidade portuguesa a entrar no top 5 das cidades com o crescimento mais rápido da Europa, juntamente com Hamburgo, Berlim, Istambul e Copenhaga.

“As despesas deste tipo de visitantes internacionais cresceram 1,5% face ao ano anterior, cifrando-se em 1,25 mil milhões de euros, apesar de a média de gastos por visitantes ter descido de 461 euros para 350 euros”, lê-se no estudo.

A edição deste ano do “Global Destinations Cities Index” da Mastercard mostra ainda que Lisboa ocupa, no ‘ranking’ global, o 37.º lugar em visitantes internacionais ‘overnight’.

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Paulo Raposo, responsável da MasterCard em Portugal, destacou que “o estudo demonstra o potencial de afirmação de Lisboa como destino turístico, ao ser cada vez mais procurada por visitantes internacionais. Apesar disso, constata-se que existem ainda algumas oportunidades de melhoria, sobretudo ao nível da afinação das estratégias que possam contribuir para a qualificação e inovação da oferta e aumento do consumo médio dos visitantes estrangeiros”.

No ranking global, Banguecoque foi considerada a principal cidade de destino, ao registar 21,47 milhões de visitantes internacionais, que ficam, pelo menos, uma noite na “Cidade dos Anjos”.

Com este registo, a capital tailandesa suplantou Londres (19,88 milhões de visitantes) que, desde que este estudo é feito, ocupou sempre o primeiro lugar no ‘ranking’.

Seguem-se-lhes Paris (18,03 milhões), Dubai (15,27 milhões), Nova Iorque (12,75 milhões), Singapura (12,11 milhões), Kuala Lumpur (12,02 milhões), Istambul (11,95 milhões), Tóquio (11,70 milhões) e Seul (10,20 milhões).

“Além de apresentar o ranking das 132 cidades mais visitadas, a nova edição de 2016 vai mais longe ao avançar com uma projeção do volume de visitantes e estimativas de gastos, proporcionando, desta forma, uma compreensão mais profunda da forma como as pessoas viajam e fazem as suas despesas em todo o mundo”, salientou, em comunicado, a Mastercard.

A empresa acrescenta que “o estudo vem demonstrar, ainda, como as principais cidades mundiais continuam a ser motores de um crescimento económico mais alargado, sobretudo num momento em que as viagens transfronteiriças e despesas continuam a crescer mais rapidamente que o PIB mundial”.

Em termos de despesas feitas por visitantes cuja estada é, pelo menos, de uma noite, uma vertente estudada pela primeira vez pelo “Global Destinations Cities Index” da Mastercard, a maior surpresa é a entrada direta do Dubai para a liderança do ‘ranking’, ao apresentar um volume de despesas na ordem dos 27,8 mil milhões de euros, muito superior ao segundo classificado (Londres), que apresenta um volume global de despesas estimadas de 17,6 mil milhões de euros.

“A forma como as pessoas viajam e fazem os seus gastos além-fronteiras indica o quão interligadas e importantes as cidades são”, assinalou Ann Cairns, presidente de Mercados Internacionais da Mastercard.

Já o ‘ranking’ global das cidades com o crescimento mais rápido nos últimos sete anos, dominado pela região do Médio Oriente e da Ásia-Pacífico, é liderado por Osaka (24,15%), seguida por Chengdu (20,14%), Abu Dhabi (19,81%), Colombo (19,57%), Tóquio (18,48%), Riade (16,45%), Xi’an (14,20%), Teerão (12,98%) e Xiamen (12,93%).

O “Global Destination Cities Index” da Mastercard classifica as cidades em termos de números de visitantes internacionais cuja estadia é de, pelo menos, uma noite, e as despesas transfronteiriças efetuadas por esses mesmos visitantes nas cidades de destino, e dá uma estimativa acerca do crescimento de visitantes e passageiros em 2016.

O estudo recorre a dados públicos a partir de uma análise das despesas de visitantes internacionais cuja estadia é de, pelo menos, uma noite em cada uma das 132 cidades de destino, recorrendo a algoritmos criados para o efeito.

O estudo dedica uma atenção particular à eliminação dos efeitos de hub para cidades de destino como Singapura, Dubai, Amsterdão e Frankfurt.

Este estudo e respetivos relatórios não se baseiam nos dados relativos a volume ou transações da Mastercard.