Tudo aconteceu quando Lee Parker, um sem-abrigo de New Jersey, procurava uma mochila para levar a uma entrevista de emprego para substituir o saco plástico onde guardava os seus poucos pertences.

Juntamente com o amigo Ivan White, foram à estação de comboios de Elizabeth, em New Jersey, para procurar alguma mochila num contentor do lixo. Após encontrarem uma mala, pegaram nela e andaram alguns metros. Só reparam que a mala continha explosivos quando verificaram o interior. Segundo o The Independent, a reação dos dois amigos foi transportar a mala para um local isolado e alertar as autoridades.

Desde esse dia, foram considerados heróis por terem, potencialmente, evitado uma explosão que podia ter custado a vida da centenas de pessoas. Donald Goncalves de 52 anos, ficou especialmente sensibilizado e quis tornar “um momento devastador em algo positivo”. Este habitante de New Jersey têm na sua página de Facebook que fala português e que apoia a seleção nacional o que poderá indicar que tem ligações a Portugal. Donald decidiu lançar uma campanha online de angariação de fundos para agradecer a atitude dos dois homens.

O objetivo de Donald Gonçalves era juntar cerca de 10 mil dólares (aproximadamente 9 mil euros), que seriam divididos em três partes: uma para Ivan White, outra para Lee Parker e a terceira para uma associação de apoio local aos sem-abrigo de Elizabeth. Esta associação já encontrou um apartamento para Parker.

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Em apenas seis dias, a campanha triplicou o objetivo e atingiu os 30 mil dólares (aproximadamente 26 mil euros). Donald Gonçalves, que se tornou representante de Parker e White, afirmou que os dois homens já foram convidados para programas televisivos.

Lee Parker não conseguiu ir à entrevista de emprego para a qual necessitava da mochila, uma vez que estava a prestar declarações às autoridades. No entanto, já lhe ofereceram outro emprego numa grande empresa do setor alimentar.

Ivan White foi entrevistado para o canal televisivo ABC7NY onde afirmou estar contente por se ter apercebido da situação a tempo e por ninguém se ter magoado. No entanto, nega que seja um herói, dizendo que apenas estava a fazer o o que achava ser o “correto”.