A FIFA baniu um dirigente da federação de futebol do Qatar de concorrer às eleições para um lugar no seu novo conselho, devido a uma investigação.

No início do mês, a Comissão de Ética da FIFA abriu um procedimento contra o vice-presidente da federação do Qatar, Saoud al-Mohannadi, e propôs uma suspensão de dois anos e meio para o dirigente, por ter recusado cooperar com uma investigação.

A FIFA não revelou o objeto da investigação, mas o procedimento não está relacionado com o Mundial de 2022, em que o Qatar será anfitrião.

Mohannadi negou qualquer irregularidade e foi autorizado a apresentar-se às eleições da Confederação Asiática de Futebol (AFC), no estado indiano de Goa, na terça-feira, antes de a AFC anunciar que fora afastado.

“A FIFA avisou a Confederação Asiática de Futebol (AFC) que, com base no relatório da câmara de investigação do Comité de Ética da FIFA, tinha decidido que o senhor Saoud A. Aziz Al-Mohannadi (Qatar) não é elegível para se apresentar a eleições para o conselho da FIFA”, indicou a AFC em comunicado emitido na noite de domingo.

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Seis candidatos da Ásia, incluindo da China e Coreia do Norte, vão disputar, num congresso extraordinário da AFC em Goa, três assentos no conselho da FIFA, que foi criado no quadro das reformas da FIFA, já sob a direção do suíço Gianni Infantino, em que ficou definido que o comité Executivo passaria a conselho.

Três candidatos do sexo masculino — Zhang Jian (China), Ali Kafashian Naeni (Irão) e Zainudin Nordin (Singapura) — vão disputar dois dos assentos na votação de terça-feira, a qual vai contar com a presença do presidente da FIFA, Gianni Infantino.

O terceiro lugar vai ser disputado por três mulheres ao abrigo das reformas da FIFA que estabeleceram ainda que cada uma das confederações deve ter pelo menos uma representante do sexo feminino no conselho.