“As coisas não são sempre tão simples como o branco e o preto”. A frase é da escritora Doris Lessing, mas ilustra o que estas fotos demonstram: quando damos cores a memórias antigas é como se elas ressuscitassem e afinal ainda nos tocassem na pele. Porque ver uma imagem monocromática de Martin Luther King reunido na Casa Branca com Lyndon B. Johnson, Whitney Young e James Farmer lembra-nos de uma luta há muito travada pelos direitos civis. Mas ver a mesma imagem a cores abre-nos os olhos: essa é uma luta que ainda hoje parece viva.

Por detrás da colorização destas imagens antigas está Marina Amaral, uma brasileira de 21 anos natural de Belo Horizonte, que faz da tecnologia Photoshop uma varinha de condão. “Acho que as fotografias a preto e branco criam distanciamento das pessoas. Um evento registado parece quase irreal. A cor rompe essa barreira e aproxima-nos dessa realidade”, explicou Marina à BBC. É assim que o sofrimento monocromático de um soldado se torna muito mais arrepiante se o pintarmos de verde, vermelho, azul.

Fomos até à página de Facebook de Marina Amaral e encontrámos algumas das transformações mais impressionantes da artista. Veja-as na fotogaleria e conheça as suas histórias.

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