O Conselho de Ministros de Moçambique prevê um crescimento económico de 5,5 por cento para o país em 2017, mais um ponto percentual em relação a 2016, segundo o Plano Económico e Social aprovado terça-feira em Maputo.

Falando em conferência de imprensa no final da sessão semanal do Conselho de Ministros, o porta-voz do órgão, Mouzinho Saíde, afirmou que o Governo aposta para o próximo ano na redução do défice de produção agravado este ano pelas calamidades naturais.

“Para fazer face ao atual cenário macroeconómico, o Plano Económico e Social 2017 irá desenvolver ações que elevem a qualidade do sistema financeiro e cambial nacional, tendo como objetivo principal a preservação do valor da moeda nacional e da estabilidade macroeconómica”, declarou Saíde.

A manutenção de medidas restritivas na despesa pública, incremento da receita e continuação de reformas fiscais são também parte das prioridades macroeconómicas do executivo, prosseguiu o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique.

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No plano social, indicou Mouzinho Saíde, o Governo irá privilegiar a expansão e melhoria de qualidade dos serviços de saúde e de educação, através de uma maior afectação de recursos.

Moçambique é atualmente assolado por uma crise económica e financeira provocada pela queda do preço das matérias-primas, quebra da produção interna, devido às calamidades naturais, redução do investimento estrangeiro, aumento da inflação, desvalorização do metical e escalada da dívida pública.

A crise económica é também influenciada pelas restrições na produção e circulação de pessoas e bens devido a confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), devido à recusa do principal partido de oposição de aceitar a derrota nas eleições gerais de 2014.