Vários deputados do PS, alguns deles membros do Secretariado Nacional do partido, criticaram esta quinta-feira a direção da bancada parlamentar pela elaboração de um relatório sobre matérias como assiduidade, número de intervenções e perguntas de cada deputado socialista.

Fonte da direção da bancada socialista, no entanto, considerou que na reunião desta quinta-feira do Grupo Parlamentar do PS “alguns” elementos “fizeram uma tempestade num copo de água”.

“O relatório elaborado pelos serviços do Grupo Parlamentar do PS limita-se a compilar dados já constantes no site da Assembleia da República. Não há qualquer apreciação qualitativa sobre a produtividade de cada deputado”, alegou ainda o mesmo membro da direção da bancada socialista.

A questão do relatório, de acordo com fontes socialistas contactadas pela agência Lusa, terá sido levantada num momento em que o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, não estava presente.

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Carlos César participou esta quinta-feira na reunião do Conselho de Estado, razão pela qual Ana Catarina Mendes, na qualidade de “primeira vice-presidente” da bancada socialista, remeteu o debate sobre o controverso relatório para uma próxima reunião plenária do Grupo Parlamentar.

Na reunião, de acordo com deputados contactados pela agência Lusa, criticaram o relatório (por vezes de forma dura) Maria da Luz Rosinha, Porfírio Silva e Maria Antónia Almeida Santos (todos eles membros do Secretariado Nacional do PS), assim como Isabel Moreira, Joaquim Raposo e Vanda Guimarães.

Nenhum destes deputados socialistas aceitou prestar declarações sobre o assunto, adiantando apenas que a sua posição foi transmitida “em local próprio”, ou seja, na reunião do Grupo Parlamentar do PS. Duas das intervenções mais duras, com críticas a um ato “antidemocrático” e “lamentável” da direção do Grupo Parlamentar, partiram dos deputados socialistas Hortense Martins e Sérgio Sousa Pinto.