Entre janeiro e outubro, o número de hóspedes dos hotéis locais representou 70,6% do número total de turistas, mais 2,6 pontos percentuais em termos anuais, de acordo com os dados divulgados pelos Serviços de Estatística e Censos de Macau.

Nos oito meses em análise foi registada uma taxa de ocupação média de 81,1%, refletindo um ligeiro aumento de 0,9 pontos percentuais. No final de agosto, Macau tinha em atividade 105 hotéis e pensões, que disponibilizavam 33.000 quartos, mais 11,5% em termos anuais.

Dos quartos disponíveis, um total de 22.000, ou 66,6%, estava localizado em unidades hoteleiras de cinco estrelas.

Macau recebeu 20,44 milhões de visitantes entre janeiro e agosto, um valor semelhante ao registado no período homólogo do ano passado.

No ano passado, o território recebeu 30,71 milhões de visitantes, menos 2,57% face a 2014, registando a primeira queda anual desde 2009.

Os lucros da indústria hoteleira de Macau em 2015 situaram-se nos 2,76 mil milhões de patacas (309,3 milhões de euros), menos 44,4% comparativamente ao ano anterior, segundo dados oficiais divulgados recentemente. As receitas do setor dos hotéis e similares atingiram 26,04 mil milhões de patacas (2,91 mil milhões de euros) em 2015, uma queda de 6,6%.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A diretora dos Serviços de Turismo de Macau desvalorizou esta queda em 2015 e já havia destacado que está a aumentar o número de hóspedes e o tempo de estadia na cidade.

“O número de hóspedes tem subido e o número de pessoas a pernoitar em Macau também subiu”, disse Helena Senna Fernandes, sublinhando que em junho e julho deste ano, ao contrário do que é frequente, o número de turistas “que ficaram mais do que um dia em Macau” foi maior do que o de pessoas que visitaram a cidade em menos de 24 horas.

Senna Fernandes sublinhou que abriram novos hotéis em Macau e, “com mais quartos disponíveis”, o preço dos quartos, naturalmente, baixa.

“Ao mesmo tempo, a taxa média de ocupação está na ordem dos 80% (…). Se calhar estivemos muito acostumados a taxas de ocupação na ordem dos 90%, mas acho que não há muitos destinos no mundo que tenham este tipo de taxa de ocupação”, afirmou.

Macau, uma Região Administrativa Especial da China desde 20 de dezembro de 1999, tem no setor do jogo, associado ao turismo, o motor da economia local e a principal fonte de receitas da administração, que cobra impostos diretos de 35% sobre as receitas brutas dos casinos e impostos indiretos de cerca de 4% para outros fins, como a promoção turística.

As receitas dos casinos estiveram em queda ininterrupta entre junho de 2014 e agosto deste ano.