A administração do Novo Banco afasta mais redução de efetivos este ano, em reação à notícia de que a Comissão Europeia exigiria a saída de mais 500 trabalhadores da instituição. No entanto, a garantia dada pela administração do Novo Banco, citada num comunicado da comissão de trabalhadores, refere apenas o prazo do final deste ano, não excluindo que possa existir nova redução do número de trabalhadores em 2017.

O comunicado foi divulgado esta segunda-feira depois de uma reunião com António Ramalho pedida na sequência de uma notícia do Jornal de Negócios, segundo a qual a direção-geral da Concorrência da Comissão Europeia exigia a saída de mais 500 colaboradores, para além das 1000 saídas já acordadas.

“Foi assumido, nesta reunião, que os compromissos incondicionais impostos de redução de custos no valor de 150 milhões de euros e uma redução de 1000 postos de trabalho, durante o ano em curso, já se encontram cumpridos”.

A Comissão de Trabalhadores refere ainda a “garantia”, dada pela administração de que “até ao final do ano de 2016, não haverá mais processos de redução de trabalhadores”. Mas é omissa quanto ao que pode acontecer em 2017.

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O Novo Banco está em processo de venda, uma operação que deverá estar fechada até ao final do ano. A redução adicional de 500 colaboradores seria uma consequência de um eventual falhanço no processo de venda do NB ainda em 2016, o que implicaria uma nova reestruturação com mais redução de custos, o que passaria por cortar mais balcões e quadros.

A Comissão Europeia prolongou até agosto de 2017 o prazo dado para a venda da instituição, mas para que o dossiê fique fechado a solução privada terá que ser encontrada até ao final do ano.

Nesta reunião, a administração do Novo Banco assegurou ainda que a comissão de trabalhadores será um “parceiro estratégico” a ser ouvido “atempadamente” sobre os assuntos relacionados com a instituição.