“Os atos de vandalismo ocorreram no espaço de uma semana, o primeiro dos quais ocorreu três dias após termos colocado as estruturas de madeira e ferro”, afirmou Hélder Renato, líder da concelhia social-democrata de Portimão. Segundo este responsável, as placas com os logótipos das estruturas partidárias do PSD e da JSD foram partidas e amolgadas por duas vezes consecutivas, “o que motivou a apresentação de queixas contra desconhecidos nas autoridades policiais”.

“Colocámos o material, tal como consta do projeto do caderno de encargos e, três dias depois, os símbolos apareceram danificados. Voltámos a colocar o material e, dias depois, voltou a ser vandalizado, elevando-se os prejuízos a cerca de 300 euros”, sublinhou aquele dirigente.

A rotunda na Avenida das Olimpíadas (V7), na zona dos Três Bicos, é uma das nove rotundas que a Câmara de Portimão concessionou no início deste ano, através de concurso público, a entidades privadas pelo período de um ano, para que ali fosse colocada publicidade em troca da manutenção do espaço verde. Aquele espaço foi concessionado ao PSD.

O presidente da Comissão Concelhia do PSD de Portimão manifestou-se revoltado pelo facto de os atos de vandalismo “incidirem sobre os símbolos partidários, destruindo um trabalho feito pelos militantes de forma voluntária”.

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“Temos feito a manutenção do espaço ajardinado e estamos a equacionar qual o tipo de materiais é que podem ser colocados, de forma a impedir a destruição dos símbolos do partido e da JSD”, indicou o dirigente social-democrata. Segundo Hélder Renato, “não há suspeitas sobre os autores dos atos de vandalismo, apesar de ter sido avistada parte de uma das estruturas na posse de alguém a caminho de Albufeira”. O dirigente político atribui os atos de vandalismo a motivações políticas, “até porque não é normal um partido político ter publicidade numa rotunda fora dos períodos de campanha eleitoral”.

“Depois de na primeira vez termos considerado que se podia tratar de um ato isolado, praticado por jovens, uma segunda vez, leva-nos a crer que se trata de motivações políticas”, concluiu.

Os atos de vandalismo foram também criticados pelo líder local do PS, Filipe Vital, o qual, nas redes sociais, considerou que “numa democracia madura estes atos são absolutamente inadmissíveis”.

A concessão de nove rotundas a entidades privadas foi a solução que Portimão encontrou para que fosse feita a manutenção daqueles espaços ajardinados, devido aos problemas financeiros da Câmara, com uma dívida de cerca de 140 milhões de euros e obrigada a recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM) para o reequilíbrio orçamental.