O Ministério das Finanças autorizou a libertação de verbas para o arranque dos anos letivos nas Academias Militares. Três meses depois do prazo normal — e no limite para que as aulas pudessem arrancar esta segunda-feira –, o ministério de Mário Centeno deu luz verde à verba pedida pela Defesa para que alunos de primeiro ano e oficiais que vão fazer tirocínio ou estágio pudessem começar as atividades a 3 de outubro, dentro do prazo normal.

Só para o arranque do ano letivo nas Academias dos três ramos das Forças Armadas estariam em causa cerca de 4,1 milhões de euros.

O despacho do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, foi assinado na última sexta-feira, ao final do dia. O documento refere que o pedido da Defesa às Finanças “mereceu parecer prévio favorável do membro do governo responsável pela área das Finanças”, possibilitando o arranque do ano letivo. Dias antes, responsáveis dos três ramos das Forças Armadas admitiam ao Observador estar “nervosos” com o tempo excessivo que as Finanças estavam a revelar para a libertação das verbas. Temia-se que a formação dos militares ficasse em causa devido à demora.

O despacho de Marcos Perestrello dá conta da abertura de 636 vagas. Na Marinha, admite-se a formação de 92 oficiais, 112 sargentos e 171 praças. No Exército, são 59 oficiais e 88 sargentos. Na Força Aérea, há vagas para 44 oficiais e 70 sargentos.

A apreensão face ao atraso das Finanças não foi exclusiva dos três ramos das Forças Armadas. Ao Observador, deputados do PSD e do CDS admitiram interpelar o Governo para pedir explicações sobre a situação. Entre outras dúvidas, nas perguntas que enviou ao Governo o PSD quis saber “que razão” justificou a demora das Finanças.

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