Os 36 árbitros e juízes de boxe dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram suspensos preventivamente esta quinta-feira pela Associação Internacional de Boxe (AIBA) na sequência de várias controvérsias surgidas durante a competição. Vários lutadores derrotados no torneio olímpico consideraram terem sido vítimas de más arbitragens e levantaram a hipótese de alguns dos combates terem sido alvo de corrupção e de resultados combinados na esfera das apostas.

Os Jogos foram “uma prova de fogo para a AIBA, já que o boxe esteve no centro das atenções, por razões positivas e também por outras menos boas”, referiu o presidente do organismo, Wu Ching-Kuo, durante um encontro para analisar o que se passou no Brasil e de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020.

Esta foi a primeira vez que pugilistas profissionais puderam participar nos Jogos Olímpicos — apesar de apenas três o terem feito. Para estas provas, a AIBA aboliu os protetores de cabeça para o setor masculino, no sentido de tornar os combates mais interessantes. Apesar de considerar que estas reformas tinham desfrutado de uma “integração perfeita”, a AIBA admitiu que “um pequeno número de decisões no âmbito do debate indicaram que novas reformas tinham que ser ainda tomadas”.

Nessa mesma altura, foi decidido que todos os 36 árbitros e juízes que foram utilizados nos Jogos Olímpicos fossem suspensos preventivamente e não dirigissem nenhuma prova até à conclusão da investigação em curso.

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