Há 6 mil táxis que vão parar Lisboa na segunda-feira em marcha lenta “contra os ilegais”, mas o ministro do Ambiente diz que é “um protesto injusto e injustificável”. Num artigo de opinião que assina no jornal Público, João Matos Fernandes diz que que os táxis desempenham um papel relevante no ecossistema da mobilidade, mas que precisam “de se modernizar de forma acelerada”.

“O automóvel tem de deixar de ser rei, o serviço dos transportes coletivos tem de ser melhorado a pensar num novo padrão de procura a cada dia menos determinístico, as cidades terão de desenhar o seu espaço público e pensar nos peões e nas bicicletas. Este é o grande esforço deste Governo”, escreveu.

Sublinhando que os táxis têm direitos e obrigações de serviço público, como os benefícios fiscais na compra de carros ou o uso exclusivo das praças e da faixa BUS, João Matos Fernandes acrescenta que o desenvolvimento de plataformas de contratação de serviços de mobilidade “é um fenómeno mundial, filho da sociedade de informação, e como qualquer serviço económico com esta génese cresce apenas com as regras do mercado, existindo porque os clientes o desejam”.

Sobre o diploma que o Governo apresentou para regulamentar o setor – e que não agrada aos taxistas – o ministro do Ambiente diz que “as regras para o TVDE (Transporte em Veículo Descaracterizado) são proporcionadas e compatíveis com a exigência de qualidade a um novo serviço”.

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