Fazer um bom risotto não é para todos. Para conseguir atingir a consistência e cremosidade que manda a lei (italiana), são necessárias doses consideráveis de paciência e dedicação. Assim, todas as dicas que contribuírem para um bom resultado final serão, à partida, sempre bem-vindas. Mesmo que venham de uma origem tão improvável como a caixa de email de John Podesta, diretor de campanha de Hillary Clinton. Foi exatamente isso que aconteceu: entre os milhares de emails revelados pela Wikileaks nos últimos dias, consta um que contém uma curiosa troca de impressões entre Podesta e Peter Huffman, consultor da Merril Lynch foi colaborador da Fundação Clinton.

Huffman procura perceber, junto de Podesta — que, consta, é homem de vasto talento culinário — por que razão não pode juntar uma ou duas chávenas de caldo de uma vez, em vez de ir hidratando o arroz aos poucos. O diretor da campanha dos democratas explica-lhe, de forma pedagógica, que a ideia não é que o arroz absorva o líquido: “O processo de adicionar lentamente [a água/caldo] e mexer faz com que o arroz solte o seu amido, o que dá ao risotto a sua consistência cremosa.” Capice?

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