A No More Ransom foi lançada em julho na sequência de um acordo entre a Polícia Nacional da Holanda, a Europol, a Kaspersky Lab e a Intel Security. O objetivo desta campanha é melhorar o nível de cooperação entre a polícia e o setor privado na luta contra um dos maiores riscos da Internet, o “ransomware” – ataques virtuais com o objetivo de se apoderarem da máquina do utilizador e, posteriormente, exigirem um resgate para devolverem o controlo sobre a mesma.

Depois de três meses, Portugal decidiu juntar-se à luta mundial e a Polícia Judiciária vai começar a trabalhar em conjunto com as restantes entidades envolvidas na luta cibernética. Em simultâneo, outros 12 países juntaram-se a este combate.

O diretor da Polícia Judiciária, citado em comunicado, diz que “a presente iniciativa insere-se na aposta que deve ser feita no combate ao cibercrime, e a assinatura de parceria constitui-se como uma iniciativa importante da Polícia Judiciária no tema da cooperação internacional, sempre norteada por objetivos muito claros e diretamente ligados às necessidades da investigação criminal”.

O objetivo é assim “acautelar a possibilidade de identificação de autores de crimes “on-line” cuja ameaça é crescente, e por outro lado, contribuir para uma informação esclarecida das vítimas de Ransomware, nomeadamente recuperando a sua informação e dados pessoais, protegendo e acautelando futuros ataques e informando que não devem participar, ainda que inadvertidamente, no financiamento de grupos de crime organizado”.

Alfonso Ramírez, diretor-geral da Kaspersky Lab Ibéria, acredita que “a troca de informação é a chave para uma colaboração eficaz entre os investigadores policiais e de segurança”, como é possível ler no comunicado. Ramírez acrescenta que a união entre o setor público e privado será uma mais-valia para a luta contra o cibercrime.

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